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www.canalmoz.co.mz | ano 7 | número 1569 | Maputo, Segunda-Feira 26 de Outubro de 2015
Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda
Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo
Registo: 18/GABINFO-DEC/2009

e-mail: [email protected] | [email protected]
Telefones: 823672025 - 823053185

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Editorial
Quando o silêncio diz mais
do que as palavras
Quando o estimado leitor estiver a
ler a edição do “Canalmoz” desta segunda-feira, 26 de Outubro de 2015,
terão passado exactos 17 dias (mais
de duas semanas) depois do vergonhoso episódio da cidade da Beira,
em que o Governo mandou cercar,
para posterior assalto, a residência
do presidente da Renamo, Afonso
Dhlakama, no Bairro das Palmeiras.
O presidente do maior partido
da oposição, vindo de umas eleições duvidosas, viu a sua residência
cercada por homens armados com

material bélico de calibre vário. Até
aqui nenhuma autoridade do Estado apareceu a comentar o assunto,
pelo menos; seria exigir demais esperar que condenasse o episódio.
Filipe Nyusi continua calado, num
acto de extrema e perigosa cobardia.
Sendo Nyusi o comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança, não se explica o seu silêncio
perante a brutalidade que a sua força
demonstrou contra um cidadão que
representa, provavelmente, a vontade da maioria dos moçambicanos.

Querendo Filipe Nyusi ou não,
Afonso Dhlakama é uma instituição política nacional, porquanto
representativa de uma franja considerável de moçambicanos. A sua
casa não só esteve cercada, como
havia um plano, que saiu errado, de
promoção de violência e sangue.
Se Filipe Nyusi diz ser Presidente
da República, porque alegadamente que ganhou as tais eleições, era
de esperar que se tomasse uma posição perante tamanho estupro da
liberdade individual preconizada

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é ilusória. patrocina o caos. ninguém estará aqui para arcar com as despesas da destruição e da tragédia. de uma teoria falaciosa. à luz do dia. No dia 25 de Setembro. que assaltou as pastas da Defesa e Segurança. tirar a vida ao seu adversário. Como é que Nyusi quer que os outros cumpram a lei quando ele próprio dá ordens ilegais para as forças de segurança assassinarem outros moçambicanos? Que tipo de mensagem estará Nyusi a tentar transmitir com o seu silêncio perante toda esta bandalheira de Estado? Moçambique é o único exemplo no mundo onde o que se diz vencedor de umas eleições confusas tenta. assumamos tal hipótese. mas. para apresentar ao público uma falsa figura de um Nyusi “teleguiado”. Essa propaganda de atribuir as tais acções ilegais das Forças de Defesa e Segurança a uma suposta “ala radical” pode parecer impressionante agora. E Nyusi continua calado? Tudo vai ficar assim como está? Então é caso para dizer que os que subvertem a ordem constitucional não são os outros.2 ano 7 | número 1569 | 26 de Outubro de 2015 Publicidade na Constituição da República e do uso ilegal da força do Estado para fins banditescos. O Conselho de Estado não reuniu. depois dos acontecimentos das Palmeiras. quando. vinte pessoas foram mortas pela acção irresponsável das Forças de Defesa e Segurança dirigidas por Nyusi. Isso é arrepiante. no dia seguinte. perante um Nyusi calado e cúmplice? Não passa pela cabeça de qualquer cidadão medianamente racional que aquela operação frustrada tivesse por objectivo recuperar as tais três armas perdidas na tentativa de assassinato de Afonso Dhlakama em Zimpinga. Ainda bem que o arcebispo da Beira já fez questão de informar que o povo não é tolo e que. segundo a qual Nyusi é refém de um tal eixo “radical” changana. Que Nyusi não se faça de bobo nem tolo. A questão torna-se ainda mais grave quando se sabe que o presidente do maior partido da oposição foi à Beira num esforço de aproximação de diferenças.mz .canalmoz. Quando o país entrar num arranca-arranca.co. na realidade. com os outros a mostrarem que também têm os seus “radicais”. São os que se intitulam arautos da lei. o mesmo Governo pretenda assassinar ou humilhar Afonso Dhlakama. É uma falsa ideia que visa inocentar Nyusi das possíveis atrocidades que este grupo de cunho delinquente pretende levar a cabo num futuro não muito distante. mas já não terá graça nenhuma quando as coisas degenerarem para o extremismo generalizado de todos os lados. Se o Governo decidiu fazer parte da saída de Dhlakama da “parte incerta”. Quer dizer que Nyusi fica calado quando as suas tropas fazem uma dupla incursão de tentativa de assassinato do seu adversário político que agora o Estado catalogou como inimigo. para se ultrapassar a crise pós-eleitoral que já se arrasta há um ano. Para depois se atribuir as culpas aos tais “radicais”. Esta tese é uma ideia romancista funcional. na nossa opinião. como é que se explica que. Como é que o senhor Nyusi se sente junto da sua família e dos seus filhos depois de planear e ordenar essas emboscadas? O que lhes tem dito? É assim que pretende ser um bom governante? É assim que pretende estar no coração dos moçambicanos? É assim que pretende ser um exemplo? A tese que neste momento está a ser vendida. que não engana a ninguém. Pois bem. tem mais propriedade e soberania cimentada para indicar quem de facto anda a fingir que quer paz. ou será tarde demais quando a preocupação for cada um salvar a sua própria vida num país Publicidade www. Ou os moçambicanos se levantam perante toda esta tentativa de infantilização colectiva. não passa.maconde. na verdade. A Assembleia da República manteve-se em silêncio.

3 ano 7 | número 1569 | 26 de Outubro de 2015 Publicidade www.mz .co.canalmoz.

as relações entre os advogados e os magistrados. Tomás Timbane disse que a advocacia moçambicana é muito jovem. Firoza Carimo Gani como directora nacional da Administração da Justiça. Tuarique Abdala como director nacional dos Assuntos Jurídicos. Zainadine Abdul Latifo Assane como delegado do IPAJ de Maputo. Fátima Juma Achá Baronet como directora nacional adjunta dos Registos e Notariado. dos estagiários. Assuntos Constitucionais e Religiosos. “Também precisamos discutir os problemas dos advogados mais novos. mas existem advogados com muita experiência. ou distancia-se deles e manda-os internar por delinquência tendencial. de 24 de Junho. João Ernesto Nhaule como director de Tecnologias de Informação e Comunicação. Tomás Timbane. cobranças ilícitas e outros males de que enfermam as nossas instituições”. em conferência de imprensa. e Elda Luís Homo como chefe de Departamento de Estágio. sob pena de conferirmos autoridade a um bando de loucos. onde serão debatidos os problemas da classe. afirmou na passada sexta-feira. sem direito a julgamento.canalmoz. Zita Maria Joaquim como directora de Planificação e Cooperação. chefes de departamentos. “É uma reunião em que queremos discutir o problema da advocacia de forma muito aberta e serena entre nós. que as instituições nacionais enfermam de muitos males. Fidel Jacob José Valia como director da Repartição Central de Registo Criminal. que por vezes se manifesta pela falsificação de documentos. (Bernardo Álvaro) Advogados debatem os seus problemas Maputo (Canalmoz) – A Ordem dos Advogados de Moçambique realiza na primeira semana de Novembro a Primeira Conferência Nacional dos Advogados. disse na sexta-feira. Assuntos Constitucionais e Religiosos. nomeados pela Resolução n. Judite da Conceição Bila Zimba como directora nacional adjunta de Planificação e Cooperação.mz . Nyusi tem duas hipóteses: ou aparece na mesma fotografia com esses bandidos que no passado assassina- ram. Azarias André Massingue como director nacional de Formação e Estágio no IPAJ. É www. tais como corrupção. Ancha Maurício Lázaro Manguele de Sousa como directora nacional adjunta dos Assuntos Jurídicos. A Or- dem tem sempre realizado eventos. Sérgio Raimundo Matule como chefe do Gabinete do Ministro.ano 7 | número 1569 | 26 de Outubro de 2015 4 em chamas. Vamos falar daquilo que dificulta o exercício da nossa profissão no dia-a-dia. Délio Marques da Cruz Ofinar como assessor do Ministro. Zaira Ali Abudala como directora de Recursos Humanos. Esta história de “radicais” macondes ou changanas deve ser imediatamente denunciada e travada. Silveira Sissora como chefe do Departamento de Aquisições. O ministro fez esta declaração no acto da tomada de posse de vinte e três novos directores nacionais.o 1/2015. O bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique.co. vários moçambicanos em nome do tal radicalismo. Albachir Macassar como director nacional de Direitos Humanos e Cidadania. Paulo António da Graça como di- rector do Gabinete Jurídico. “Deveis ser implacáveis e intolerantes com a corrupção. Abdurremane Lino de Almeida. em Maputo. que os mais novos precisam de aprender. mas nunca realizou um evento desta natureza em que de advogados fala-se para advogados”. Tomaram posse: Manuel de Jesus Chitute Didier Malunga como inspector-geral da Justiça. que também é objectivo da Conferência debater o problema dos advogados mais velhos quando chega a altura da reforma. Arão Asserone Litsuri como director nacional de Assuntos Religiosos. nomeadamente: os estagiários. delegados provinciais do Instituto de Patrocínio de Assistência Jurídica. (Canal de Moçambique) Ministro da Justiça diz que as instituições moçambicanas enfermam de muitos males Maputo (Canalmoz) – O ministro da Justiça. Abílio Asside Gany como delegado do IPAJ de Sofala. o exercício ilícito da advocacia. Jaime Bulande Guta como director nacional dos Registos e Notariado. disse. Nelson Celestino Sitoe como director de Administração e Finanças. cadu- cos sem escrúpulos que acham que ainda vivemos na Idade da Pedra. 23 de Outubro. disse o titular da Justiça. Samuel Salimo como director nacional de Assuntos Parlamentares. falsificação de documentos e cobranças ilícitas. Assuntos Constitucionais e Religiosos.

no Sul de Moçambique. Acrescentou que o impacto da globalização para o exercício da advocacia é outra preocupação dos advogados. Feliciano Mazuze. e é importante que os advogados reflictam sobre o seu próprio papel”. esses cidadãos recebem explicações sobre as práticas que devem implementar para obterem sucesso na produção sustentável de fruteiras. explicou que estas actividades estão a ser realizadas com o financiamento da Agência de Desenvolvimento do Reino da Bélgica (FICA) e que a implemen- tação está a ser feita em parceria com a Direcção Nacional de Extensão Agrária e a Faculdade de Engenharia e Agronomia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane.ano 7 | número 1569 | 26 de Outubro de 2015 5 Publicidade preciso discutir o problema dos advogados mais velhos. afectada pela falta de chuva e pela seca que assola essas zonas.000 dólares norte-americanos. Feliciano Mazuze esclareceu que aos cidadãos abrangidos pelo projecto são oferecidas mudas de fruteiras produzidas pelo Centro de Investigação Florestal. temos problemas re- lacionados com estágios”. Justamente por ser uma advocacia mais jovem. à questão do Estado de Direito. quando chega a altura da reforma. para o combate à fome resultante do fracasso da última campanha agrícola.co. (Cláudio Saúte) IIAM multiplica plantas fruteiras nativas no Sul de Moçambique Maputo (Canalmoz) – O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique está a promover a multiplicação de plantas fruteiras e exóticas em quatro distritos das províncias de Maputo. A iniciativa é financiada pelo Reino da Bélgica num montante de 200. com vista a combater a fome.canalmoz. “Além disto. (Raimundo Moiane) Publicidade www. como é o caso das massaleiras. disse. manguei- ras e laranjeiras. que servirão de alternativa face à crise alimentar. goiabeiras. Serão fomentadas plantas fruteiras resistentes à seca. Manjacaze e Zavala. hoje em dia colocam-se problemas relativos à paz. Gaza e Inhambane.mz . Magude. director técnico do IIAM. A iniciativa deverá abranger 5000 famílias que estão a sofrer problemas de falta de comida porque os celeiros estão vazios. disse. Trata-se dos distritos de Marracuene. Com a ajuda de investigadores e extensionistas ligados ao projecto.