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Descartes - Verdade E Propensões

Descartes - Verdade e Propensões

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   Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Filosofia A  AFIRMAÇÃO DA EXISTÊNCIA DOS CORPOS NAS M  EDITAÇÕES   DE D ESCARTES :  VERDADE E PROPENSÕES INCORRIGÍVEIS   César Schirmer dos Santos Dissertação de Mestrado apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Filosofia Orientadora Profa. Dra. Lia Levy Porto Alegre 2003   2 Agradecimentos gradeço à CAPES pela concessão de uma bolsa de estudos. Aos professores Balthazar Barbosa Filho, Sven Bernecker, João Carlos Brum Torres, Paulo Faria, Christel Fricke, Marcos Gleizer, José A. D. Guerzoni, André Klaudat, Jaime Rebello, Denis L. Rosenfield, Alfredo Storck e Marco Zingano agradeço pelo exemplo e por tudo o que aprendi. À minha orientadora, Lia Levy, agradeço por ter me aberto os olhos para  possibilidades pouco exploradas de leitura das  Meditações , e também pela leitura crítica e paciente das diversas versões deste texto. Aos meus amigos e colegas da filosofia Janio Alves, Luis F. Biasoli, E-merson Cela, Rodrigo L. Chaves, Marcelo D. da Silva, Felipe Elizalde, Mauro Engelmann, Renato D. Fonseca, Andréa Negrão, Katarina Peixoto, Jussara Perei-ra, Paulo Seixas, Flávio Williges e Inara Zanuzzi, agradeço pelas sugestões e críti-cas que fizeram ao meu trabalho. Agradeço em particular àqueles que leram ver-sões anteriores deste texto, Fabian S. Domingues, Rogério P. Severo e Márcio R. Teixeira. Ao já mencionado Fabian S. Domingues e ao Lúcio S. Lobo agradeço, ainda, por terem localizado em bibliotecas da Alemanha e da França, obras fun-damentais para meu trabalho. Também sou grato aos participantes dos debates dos grupos de discussão por e-mail  Masmorra-l  ,  Masmorralista ,  DadaSeyn ,  Argumen-tos-critica  e Descartes-  Meditações -leitura-lenta. Aos meus amigos e colegas de outras áreas Maurício S. Santos, Lia Schulz, Rafael L. Reinehr e Jorge A. S. Ma-chado agradeço por me apresentarem importantes trabalhos, teses e discussões das suas respectivas áreas. Agradeço também aos funcionário da UFRGS, principalmente Lígia M. Rochenbach e Soninha, da Biblioteca Setorial de Ciências Sociais e Humanidades, e ao pessoal do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Aline, Alessandra e Wagner Deamici. A   3 Aos meus pais e irmãos agradeço por toda a ajuda que recebi, incessante-mente, quando eles mesmos passavam por grandes dificuldades. Minha avó, Lourdes, também auxiliou-me de maneira significativa no momento de maior difi-culdade. À minha família em geral — tias e tios, primas e primos — sou muito agradecido pelo estímulo que sempre recebi, desde muito cedo, para seguir em frente com meus estudos. Dedico este trabalho à minha Mariana.   4  Não esquecemos muito rápido que cada um entre nós se apóia sobre seu pró- prio Descartes para julgar o cartesianismo do outro, nem, principalmente, que todos nossos Descartes são pós-kantianos? Yvon Belaval (1955:443) O historiador da filosofia oscila entre dois perigos: o de ser cego, comentan-do literalmente os textos (então ele se dispensa de repensá-los); mas também o de julgar mais como filósofo do que como historiador e de apreciar uma obra através de nossas interpretações. Maurice Merleau-Ponty (1948:10) Entre as passagens difíceis das quais está repleta a filosofia de Descartes, uma das mais desencorajadoras é seguramente a prova da existência real do mundo exterior. Étienne Gilson (1930:300) A VIª Meditação  completa o desenrolar da cadeia de razões. Assim, ela ofe-rece o máximo de complexidade, como é natural a uma última razão, que é necessariamente, de todas, a mais composta e a mais difícil. Martial Gueroult (1953b:7)