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Dial9cp Teste Avaliacao 6a

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  63    D   I   A   L   9   C   P   ©    P  o  r   t  o   E    d   i   t  o  r  a         f      o       t      o      c      o      p        i        á      v      e        l Nome N.° Turma Data Avaliação Professor(a) Grupo IPARTE A Lê o poema seguinte. Cidade Cidade, rumor e vaivém sem paz nas ruas,Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,Saber que existe o mar e as praias nuas,Montanhas sem nome e planícies mais vastasQue o mais vasto desejo,E eu estou em ti fechada e apenas vejoOs muros e as paredes, e não vejoNem o crescer do mar, nem o mudar das luas.Saber que tomas em ti a minha vidaE que arrastas pela sombra das paredesA minha alma que fora prometidaÀs ondas brancas e às florestas verdes. Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética I  , 2.ª ed., Ed. Caminho, 1991 Teste de avaliação 6 Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 1. Transcreve as palavras do poema que demonstram a presença do sujeito poético. 2. Ao longo do poema, são contrapostos dois espaços que correspondem a modos de vida dife-rentes. Identifica-os e caracteriza-os. 3.  Identifica a quem se dirige o sujeito poético, justificando com excertos textuais. 4.  Indica o desejo manifestado pelo sujeito poético. 510  64         f      o       t      o      c      o      p        i        á      v      e        l  Teste de avaliação 6 5.  Aponta os recursos expressivos presentes no seguinte verso e comenta a sua expressivi-dade: “Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,”   (v. 2) 6. Relativamente a este poema:  a.  indica quantas estrofes o compõem, classificando-as de acordo com o seu número de versos;  b.  indica um exemplo de rima toante na segunda estrofe;  c.  faz o esquema rimático da segunda estrofe, classificando a rima;  d.  divide em sílabas métricas o primeiro verso do poema. PARTE B Lê o texto seguinte. Os que vão Há, em torno de Os Ciganos , uma curiosa história familiar. Este livro começou por ser um fragmento inédito descoberto, na primavera de 2009, entre os “milhares de papéis” do espólio de Sophia de Mello Breyner Andresen. O manuscrito não estava datado, mas a aná-lise da caligrafia permitiu situá-lo “em meados dos anos 60”. Numa nota introdutória a esta primeira edição, Maria Andresen, também poeta, além de professora universitária, compara o arranque desta história (não mais do que sete páginas de texto) com outros livros infantis de sua mãe: Noite de Natal  ,  A Fada Oriana e A Menina do Mar . O que lhe parece singular em Os Ciganos  é o facto de o protagonista, Ruy, sentir “o desejo de um lugar onde a norma familiar e protetora não chegue”, arriscando uma fuga em que se coloca à prova e se expõe a “situações de alto risco”. É justamente quando o rapaz salta um muro – a barreira que separa o vigiado conforto doméstico da incerteza do mundo exterior – que o esboço narra-tivo de Sophia se detém. Maria Andresen desafiou o irmão, Miguel Sousa Tavares (M.S.T.), a concluir a história, valendo-se da sua experiência enquanto autor de livros infantis. Com dúvidas sobre a legiti-midade do projeto, M.S.T. sondou os filhos. E foi então que Pedro Sousa Tavares, mais na qualidade de neto do que na de escriba (formatado pelos espaços reduzidos dos jornais), se chegou à frente e pôs mãos à obra. “Peço desculpa pela ousadia de não ter hesitado mais do que alguns segundos antes de dizer que sim”, explica. “Imaginem um mecânico da NASA a quem subitamente é dada a oportunidade de acompanhar o Neil Armstrong na missão Apolo XI. Seguramente não lhe faltarão razões, todas elas atendíveis, para se escusar à tarefa. Mas não é todos os dias que alguém nos convida para ir à Lua.” O principal mérito do “mecânico da NASA” está no 5151020 DI  AL  9  CP © P  or  t   oE  d i   t   or  a   65         f      o       t      o      c      o      p        i        á      v      e        l    D   I   A   L   9   C   P   ©    P  o  r   t  o   E    d   i   t  o  r  a  Teste de avaliação 6 respeito pela escrita inimitável de Sophia (“imitá-la seria caricaturá-la”). O texto da avó, a azul, é uma coisa; o do neto, a negro, é outra completamente distinta. Este nunca alcança os requintes poéticos daquela, nem se atreve a frases tão altas, nem tão nítidas […].No início há um rapaz “muito desarrumado”, Ruy, que foge de casa para seguir os ciga-nos, atraído por esses homens que “jogam com a morte” e “não conhecem laços”, mas a história prossegue depois de forma desenvolta e sem cesura. Ruy é um “gadjó” que aprende a liberdade, a cultura cigana e a arte de atravessar ribeiros a pisar pedras escorregadias, mas também ensina aos novos amigos “coisas do seu próprio mundo” (como ler e escrever), das quais, para seu espanto, eles se mostram invejosos. Se a parte de Sophia nos apresenta um rapaz fascinado pelo “ruído de festa”, mas inde-ciso em segui-lo, a continuação de Pedro mostra como ele descobre depois a sabedoria ances-tral dos Rom, a sua vida e a raiz do nomadismo: “Nós não moramos, nós vamos.” Numa história sobre encontros, a imagem final no circo – com os dois amigos caminhando um para o outro no arame – é particularmente feliz. ★★★★  OS CIGANOS Sophia de Mello Breyner Andresen e Pedro Sousa Tavares, ilustra-ções de Danuta Wojciechowska, Porto Editora, 2012, 64 págs., €18,80  José Mário Silva, in Atual, Expresso , 20-10-2012 DIAL9CP-05 Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 7. Seleciona, em cada item ( 7.1.  a 7.5. ), a opção correta relativamente ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.  7.1. O livro Os Ciganos  foi (A)  escrito na década de 60.  (B) descoberto na primavera de 2009.  (C)  publicado em 2012.  (D) reeditado em 2012. 253530  66 DI  AL  9  CP © P  or  t   oE  d i   t   or  a          f      o       t      o      c      o      p        i        á      v      e        l  Teste de avaliação 6  7.2. Os autores (A) desenvolveram o livro em colaboração.  (B) são filho e mãe.  (C) escreveram partes diferentes da obra.  (D)  criaram um conto sobre as viagens espaciais.  7.3. Pedro Sousa Tavares compara-se a um “mecânico da NASA”  para  (A) mostrar o seu interesse pela exploração espacial.  (B)  indicar o motivo que o levou a aceitar continuar a história.  (C) comparar a importância da obra de Sophia a uma viagem à Lua.  (D)  apontar os motivos por que não aceitou a tarefa.  7.4. A escrita de Sophia e de Pedro Sousa Tavares (A)  distingue-se pela cor e estilo.  (B)  é indistinta.  (C)  reconhece-se apenas pela cor.  (D)  é muito semelhante.  7.5. A obra (A)  mostra as relações entre uma criança e os seus pais.  (B)  tem como personagem principal um rapaz que foge de casa.  (C)  narra uma viagem à Lua.  (D) desenvolve-se em torno de uma família circense. 8. Seleciona a única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.  Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (A) “que”  (linha 10) substitui “a barreira” . (B)   “lhe”   (linha 20)  substitui “Neil Armstrong” .  (C)   “seu”   (linha 31) substitui “Ruy” .  (D) o pronome “o”  em “segui-lo”  (linha 33)  substitui  “ruído de festa” .