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Economia Neoclássica, Macroeconomia Novo-clássica E Libertarianismo Bleeding Heart _ Tabula (não) Rasa & Libertarianismo Bleeding Heart

Artigo sobre distinção entre conceitos econômicos básicos

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  13/11/2015 Economia neoclássica, Macroeconomia novo-clássica e libertarianismo bleeding heart | Tabula (não) Rasa & Libertarianismo Bleeding Hearthttps://libertarianismoedarwinismo.wordpress.com/2013/05/08/economia-neoclassica-nova-macroeconomia-neoclassica-e-libertarianismo-bleeding-heart/ 1/9 Economia neoclássica,Macroeconomia novo-clássica elibertarianismo bleeding heart Publicado em maio 8, 2013 [UPDATE 08/11/2013: O título foi alterado. Ao invés do uso do termo “novamacroeconomia neoclássica”, está agora “macroeconomia novo-clássica”, que é umatradução melhor do termo em inglês] 1. Economia neoclássica E. Roy Weintraub é o autor da explicação relativa ao verbete “neoclassical economics”,na excelente “The Concise Encyclopedia of Economics”. A economia clássica seriaaquela do século XIX, e que tinha por expoentes Adam Smith, David Ricardo, John StuartMill e Karl Marx, à qual se diferencia da economia neoclássica, que começou a surgir nofinal do século XIX, por sua teoria do valor e da distribuição: enquanto a economiaclássica entendia que o valor dos bens dependia dos custos envolvidos na produção eque o produto da economia seria distribuído entre os diversos grupos sociais na proporçãoem que estes suportassem tais custos, a economia neoclássica defende que não existeum valor inerente aos bens, mas que o valor encontra-se na relação entre o objeto e apessoa que irá obter o objeto, portanto, o valor é subjetivo (inclusive o valor atribuído aoemprego da força de trabalho).Segundo Weintraub, o quadro básico da economia neoclássica pode ser sintetizado daseguinte maneira: 1)   Compradores : objetivam maximizar seus ganhos com obtenção de mercadorias,aumentando suas compras até que o ganho de ter uma unidade extra do produto fiqueequilibrado com o custo que ele arcará em sua obtenção. O ganho mencionado é medido    Seguir Tabula (não) Rasa & Libertarianismo BleedingHeart Naturalismo e darwinismo / Economia livre e justiça social  13/11/2015 Economia neoclássica, Macroeconomia novo-clássica e libertarianismo bleeding heart | Tabula (não) Rasa & Libertarianismo Bleeding Hearthttps://libertarianismoedarwinismo.wordpress.com/2013/05/08/economia-neoclassica-nova-macroeconomia-neoclassica-e-libertarianismo-bleeding-heart/ 2/9 em termos de “utilidade”, ou seja, a satisfação associada ao consumo de bens e serviços. A utilidade que será encontrada em adquirir uma unidade adicional de um produto dependede quanto o comprador já possua daquele mesmo bem: quanto mais o tiver, menor será autilidade adicional que conseguirá com a nova unidade. Obs:   princípio da utilidade marginal decrescente:  “O consumo de um bem trazutilidade à pessoa que o desfruta, mas quanto maior é o seu consumo, cada doseadicional (marginal) do bem traz cada vez menos utiliade ao consumidor” (VICECONTI;DAS NEVES, p. 76; citação por minha conta, não é do verbete que estou mencionando) 2)   Trabalhadores : os indivíduos fornecem sua mão-de-obra para as empresas, buscandoequilibrar o ganho de oferecer a unidade marginal de seus serviços (o salário a receber)com a desutilidade do trabalho em si, que é a perda de lazer. 3) Produtores : tentam produzir unidades de um bem de modo a equilibrar a receitaadicionada com a produção de uma unidade extra e seu custo, bem como contratar funcionários até o ponto em que o custo de uma contratação adicional se equilibre aovalor da produção que o trabalhador adicional produzirá. Obs: Lei dos rendimentos decrescentes ou lei das proporções variáveis : “Seadicionarmos quantidades de uma mesma magnitude de um fator de produção variável auma quantidade fixa de outro, os acréscimos na produção serão inicialmente crescentes,porém depois se tornarão decrescentes podendo, inclusive, assumir valores negativos”(VICECONTI; DAS NEVES, p. 92; citação por minha conta, não é do verbete que estoumencionando), daí que, por exemplo, quanto à produtividade do trabalhador, “quando PMg[produtividade marginal de adicionar um trabalhador] e PMe [produtividade média dostrabalhadores] forem iguais, PMe é máxima” (ibidem, p. 94). d)  Dessa forma, para a visão neoclássica, estamos diante de “agentes econômicos” quetentam otimizar o tanto quanto eles possam seus ganhos, sujeitos às restriçõesrelevantes. A atribuição de valor está relacionado aos desejos ilimitados, que colidemcom a escassez e as restrições. Os preços são os sinais que indicam às famílias e àsempresas que seus desejos conflitantes podem ser conciliados. Conforme a dinâmica dospreços, a otimização sob restrição e a interdependência de mercado levam ao equilíbrioeconômico entre oferta e demanda.E qual seria a natureza da economia neoclássica? Uma hipótese como outra qualquer naeconomia? Não, segundo Weintraub: a economia neoclássica é uma metateoria , umconjunto de regras ou entendimentos implícitos para construção de teorias econômicassatisfatórias, um programa de pesquisa científica que gera teorias econômicas. Teoriasque assumam seus pressupostos serão neoclássicas (mesmo se não forem sobremercados). Essas suposições fundamentais incluem o seguinte: 1)  Pessoas têmpreferências racionais entre os resultados; 2)  Indivíduos maximizam utilidade e empresasmaximizam lucros; 3)  Pessoas agem de modo independente, com base na informaçãocompleta e relevante.   Seguir “Tabula(não) Rasa &LibertarianismoBleeding Heart” Obtenha todo post novoentregue na sua caixa deentrada.  Junte-se a 52 outros seguidores Insira seu endereço de e-mail Cadastre-me Crie um site com WordPress.com  13/11/2015 Economia neoclássica, Macroeconomia novo-clássica e libertarianismo bleeding heart | Tabula (não) Rasa & Libertarianismo Bleeding Hearthttps://libertarianismoedarwinismo.wordpress.com/2013/05/08/economia-neoclassica-nova-macroeconomia-neoclassica-e-libertarianismo-bleeding-heart/ 3/9 ( obs:   o comportamento é dito como racional quando o indivíduo escolhe “mais” aoinvés de “menos” e quando ele é consistente em suas escolhas , sendo que ocomportamento de mercado observado não refuta essas hipóteses: consumidoresescolhem cestas de produtos, contendo mais de tudo, outras coisas permanecendo asmesmas; escolhas não são obviamente inconsistentes uma com as outras; econsumidores gastam suas rendas com um abrangente rol de bens e serviços.BUCHANAM; TULLOCK. p. 32. A consistência entre as escolhas, na modelagemmatemática, quer dizer que, se você prefere A ao invés de B e B ao invés de C, vocêtambém prefere A ao invés de C, ou seja, uma relação transitiva) Alguns argumentam que existem várias escolas de pensamento na economia hoje, comdiferentes quadro metateóricos alternativos, como a economia (neo)marxista, economia(neo)austríaca, economia pós-keynesiana ou economia (neo)institucional. Economistasneoclássicos tiveram o que aprender com alguns insights dessas outras escolas,contudo, na medida em que elas rejeitem os blocos de construção fundamentais daeconomia neoclássica, como a rejeição da Escola Austríaca da otimização, elas sãodesconsideradas pelos economistas neoclássicos. Em fato, a economia neoclássica émainstream, é a ortodoxia dominante.Seu status de ortodoxia deveu-se ao processo de “ganhar cientificidade” e de“matematização” da economia no início do século XX. Os agentes foram modelados comootimizadores que buscam resultados “melhores” e o equilíbrio resultante é “melhor” nosentido de que qualquer outro arranjo de bens e serviços deixaria alguém em pior situação, inexistindo conflitos insolúveis no sistema social. Isso é semelhante ao modeloda mecânica em meados do século XIX: agentes como átomos; utilidade como energia;maximização da utilidade como minimização da energia potencial, e assim por diante.Isso me lembra John R. SEARLE, no ensaio “Explicações Intencionais nas CiênciasSociais”, afirmando que, em grande medida, “as ciências sociais não foram teoricamentemuito além de um tipo de senso comum sistematizado” (p. 217), e nem mesmo aeconomia é uma exceção, pois, apesar de ser uma disciplina matemática formalizada,“normalmente, o que o economista faz é reunir muitas suposições de senso comum,como o fato de que os consumidores tentam se dar bem e os negociantes tentam ganhar dinheiro, e então idealiza essas suposições (…) e elabora as implicações sistemáticas”(ibidem).Contudo, como Buchanan e Tullock corretamente destacam em “The Calculus of theConsent”, uma teoria igualmente lógica poderia ser construída com a premissa opostaàquela adotada na economia: o indivíduo médio escolherá “menos” ao invés de “mais”.Entretanto, ninguém já conseguiu propor uma tal teoria que fosse nem mesmoremotamente descritiva da realidade. (BUCHANAN; TULLOCK, p. 22)Voltando ao verbete sobre a economia neoclássica, Weintraub conclui que o valor daeconomia neoclássica deve ser avaliado em relação ao conjunto de verdades a quesomos conduzidos por sua luz: as verdades acerca de incentivos – sobre preços einformações, sobre a interrelação das decisões e as consequências não intencionais das  13/11/2015 Economia neoclássica, Macroeconomia novo-clássica e libertarianismo bleeding heart | Tabula (não) Rasa & Libertarianismo Bleeding Hearthttps://libertarianismoedarwinismo.wordpress.com/2013/05/08/economia-neoclassica-nova-macroeconomia-neoclassica-e-libertarianismo-bleeding-heart/ 4/9 escolhas – são todas bem desenvolvidas em teorias neoclássicas, como o é a auto-consciência sobre o uso da evidência. A cientificidade da economia neoclássica é suaforça. Antes de prosseguir, gostaria de ressaltar um ponto muito bem explanado por Buchanan eTullock. A teoria econômica não depende para sua validade ou aplicabilidade da presençado homem puramente econômico: um homem ficcional que é motivado unicamente por auto-interesse individual em todos os aspectos do seu comportamento. Ao contrário, ateoria de mercados postula apenas que o relacionamento seja econômico,independentemente de outros interesses existentes na troca. Dessa forma, alguém podeagir com base no amor de Deus, aos amigos ou a si mesmo sem afetar a validadeoperacional da teoria dos mercados. (BUCHANAN; TULLOCK, p. 21) 2. Nova Macroeconomia Neoclássica Macroeconomia é o estudo do “funcionamento da economia como um todo e seu objetivoé identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção total de bens eserviços, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico. Enquanto aMicroeconomia lida com as decisões individuais de produtores e consumidores, aMacroeconomia trata do somatório das transações que são realizadas pelas entidadesque intervêm no processo produtivo da economia. Este somatórios são denominados deagregados” (VICECONTI; DAS NEVES, p. 139). Agora vamos examinar o verbete “New Classical Macroeconomics”, escrito por RobertKing. Nova Macroeconomia Neoclássica é o uso de princípios normais de análiseeconômica para compreender como a produção total de uma nação (PIB) serádeterminado, sendo que quantidades macroeconômicas como o PIB são resultado doequilíbrio geral dos mercados em uma economia.Nova Macroeconomia Neoclássica se contrapõe com a Macroeconomia Keynesiana, quedominou a macroeconomia em meados do século XX e que não deriva a demanda a partir de escolhas individuais feitas dentro de limites especificados (como o faz amacroeconomia neoclássica em geral), mas especifica diretamente uma regra decomportamento seguido pela demanda, sem nenhuma presunção de que empresas efamílias fizessem escolhas racionais. Existem três ideias fundamentais na visãokeynesiana: 1)  Existe pouca presunção de que os resultados do mercado são desejáveis, o que deixabastante margem para a intervenção do governo. 2)  Mudanças no lado da oferta do mercado são importantes, principalmente no longoprazo, o que é considerado muito longe na maioria das situações políticas. 3)  As autoridades fiscais e monetárias podem controlar as condições de demanda paraprodutos específicos e para a economia como um todo.