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Encarando A Morte

Morte

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    Jamais alguém deveria dizer a urn paciente terminal: 'Sinto muito, nada mais pode ser feito para ajudá-lo'. Este livro propöe que o perlodo de uma doen-ça terminal pode ser de crescimento e de uma nova compreenso entre a pessoa que está doente, seus familiares e amigos. Atingir esse ideal, contudo, ra- ramente é fácil. A dor fIsica, a troca de papeis, o medo da morte e as defesas psicológicas podem for- mar uma barreira entre a equipe médica e aqueles que necessitam de sua ajuda, que a todo custo deve ser evitada. Averil Stedeford, cI(nico geral no inicio de sua carreira e agora dedicando-se a psiquiatria, de-monstra corn habilidade e sensibilidade como uma aproximaco carinhosa do paciente terminal pode ser alcançada através da compreenso psicológica, tornando, dessa maneira, as causas de tensao mais fáceis de serem compreendidas e tratadas. No de- correr deste livro, os princ(pios básicos do diagnós- tico e tratamento so fartamente ilustrados corn históricos de casos. Construtivo a de fácil leitura, este livro será bem aceito por todas as pessoas envolvidas no ma- nejo corn pacientes terminais. uma abordagem ao relacionamento corn paciente terminal  Elipse A campainha toca E flores sâo entregues. As visitas chegam e silenciosamente Entram para ver... Ate mesmo urn transeunte casual perceberá Se isto é uma chegada ou uma partida. Na cama, centro das atenc6es, Alguém pequeno e enrugado acha-se desperto. Esse alguérn é ela... Mui jovern para sorrir ou falar, Ou mesmo observar. Tudo que eta pode fazer é ingerir 0 leite de sua rne, chorar, evacuar e dormir. Ern troca, eta Ihes oferece alegria, esperanca, Deleite por sua vida nova, sua inocência. A muiher, atarefada, jamais senta; Engana a si rnesma, e tudo que faz é dar-se Acts fithos, pals e outros que, para viver, Precisam alimentar-se e pedem, Dependem dela e recebem. Algumas vezes, ha tanto para fazer Que eta náo sabe se está chegando ou saindo. Na cama, centro das atencöes, Alguém veiho e enrugado acha-se desperto. Esse atguém é eta... Pode sorrir, mas faltam-the forcas para falar. Cochila, por vezes, e precisa de ajuda para beber. Tudo que eta pode fazer é aceitar, concordar... Em troca, seus othos transm item amor. Ela observa, corn solicitude, Quando os outros lamentam Perder suas capacidades, e não percebe que deixará Urna hist6ria de sabedoria e conhecimento. A etipse da vida possul uma sirnetria perfeita. Ampta no rneio, diminul suavemente Em ambas as extremidades. Existe urn mistérlo Nesta similaridade De chegar e partir. AVER IL STEDE FORD  Agradecimentos Devo fazer urn agradecimento especial ao Dr. Robert Twycross e a todos os meus colegas da Unidade. Aprendi rnuito, observando suas habilidades intuitivas. As conversas durante as reuniaes de equipe e as discussOes sobre os casos ern estudo nos ajudaram a resolver problernas bastante complicados. Aprendernos muito, atra-yes dos riossos sucessos e dos nossos erros. Este livro foi escrito devido a sua ajuda e encorajamento. Outras pessoas merecem rnencâo especial: Janet Mattinson, do Institute of Marital Studies, supervisionou a pesquisa inicial corn grande sensibilidade. Meu ana- lista, por sua gentil compreensäo, proporcionou-me urn arnbiente para ricas e utilIs-simas experiências que aprofundararn a minha própria cornpreens5o a respeito dos rneus sernelhantes. Sue Oven que, cortës e pacienternente, datilografou o manuscri-to. Agradeco a todos eles. Grande parte do capItulo 14 foi publicada, inicialrnente, no BRITISH JOUR-NAL OF HOSPITAL MEDICINE em 1978, os diagrarnas dos capItulos que focali-zarn a perda de urn elite querido foram publicados, pela prirneira vez, na MEDICI-NE IN PRACTICE, em setembro de 1983. 0 material do capItulo final foi publica-do pela National Society for Cancer Relief em cuja conferéncia anual foi apresenta-do pela primèira vez. Eu agradeco muitIssimo a todos os que cooperararn para o êxito ou finalidade desta obra. AVERIL STEDEFORD SIR MICHAEL SOBELL HOUSE OXFORD  Sumärio / Prefàcio 3 1 luta Contra 0 cancer: a histOria de uma famila .................... 15 2 - Teoria e prática: a histOria interpretada ........................ 20 3 - onsiderac6es sobre diagnOstiCo e prognOstico .................... 26 4 - alando corn a fam(lia .................................... 37 5 A crise do saber e a expectativa da morte ........................ 49 6 - Respostas psicolOgicas aos sintornas fi sicos ........................ 59 7 - Problernas psicologicos associados ao tratamento .................. 65 8 - Osmedosdemorrer .................................... 72 9 - 0 medo da morte e o curso da aceitacáo ....................... 80 10 - Aprendendo a ajustar-se: problemas que envolvem comunicacáb e dependéncia 89 11 ajustarnento 6 mudanca de papel e o uso prejudicado das defesas psicolOgicas 96 12 - Ansiedade ......................................... 03 13 - epressáb .......................................... 10 14 - Confusãb .......................................... 21 15 - ReacOes paranOides e outros problernas ........................ 34 16 - A perda do ente querido:o t(pico pesar ........................ 41 17 - A perda do ente querido: pesar complicado ....................... 151 18 - Os profissionais diante da morte ............................ 57 nd ice rernissivo .........................................166