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Formulario De Projeto De Pesquisa Oleos Essenciais

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    X  –  Projeto de Pesquisa   TÍTULO: Digestibilidade e parâmetros ruminais e metabólicos de garrotes Nelore em pastejo recebendo suplemento proteico com diferentes níveis de óleos essenciais Resumo do Projeto ( Máximo 14 linhas, espaço simples entre linhas  –  fonte Arial tamanho 10 ) A União Europeia, um importante mercado consumidor de carne e formadora de opinião mundial, baniu em 2006 os antimicrobianos como promotores de crescimento animal, devido à possível presença de resíduos no leite e na carne, além da maior probabilidade de aparecimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos usados na medicina humana. O uso de óleos essenciais na alimentação de ruminantes surge então como alternativa aos tradicionais antimicrobianos. A realização do presente projeto permitirá gerar uma recomendação da dose adequada de um mix de óleos essenciais (timol, lemoneno e guaiacol) para substituir o uso dos tracionais aditivos anomicrobanos. Embora seja difícil dimensionar os impactos da presente proposta sobre a cadeia de produção da carne no estado, serão geradas informações importantes e que podem ser aplicadas ao incremento da produção de bovinos, de forma especial para a adequação da produção de carne sul matogrossense aos mercados importadores. Palavras-chave   (Máximo três)   Aditivos naturais Bovinos de corte Metabolismo animal 1. INTRODUÇÃO A produtividade animal nos trópicos ainda sofre influência da estacionalidade que interfere na quantidade e qualidade das forragens disponíveis para os animais, por tal razão, correções na alimentação dos animais devem ser feitas para suprir tais déficits. (PAULINO, 1999). Isto torna imprescindível o desenvolvimento e a adoção de tecnologias que favoreçam o incremento tanto na produtividade como na eficiência econômica de produção (MACITELLI et al., 2007). De acordo com Reis et al. (2014), a utilização de suplementos alimentares tem-se destacado entre as alternativas disponíveis, capaz de complementar a dieta dos animais e promover aumentos em seu desempenho, além de auxiliar no manejo da pastagem. A suplementação dos animais é um meio de corrigir possíveis ou reais deficiências no valor nutritivo das forrageiras, como fonte adicional de nutrientes (PAULINO et al., 2006), possibilitando melhorar o aproveitamento da forragem, possibilitando aumentar a taxa de lotação e melhorar a fermentação ruminal, aumentando o desempenho dos animais (REIS et al., 2012). Segundo Reis et al. (2011), os aditivos são usados para melhorar a eficiência dos alimentos, estimular o crescimento ou beneficiar de alguma forma, a saúde e o metabolismo dos animais. De acordo com Segabinazzi (2008), a otimização do desempenho dos ruminantes através da manipulação dos padrões da fermentação ruminal é necessária, principalmente para que as alterações na composição da microbiota do rúmen potencializem a síntese de produtos oriunda da digestão dos alimentos, tornando-se mais eficiente com menores perdas de energia. O uso de substâncias antimicrobianas com finalidade de aditivo zootécnico, melhorador de desempenho na alimentação animal iniciou-se na década de 50. Estes podem ser divididos em dois grupos, ionóforos e não ionóforos, de acordo com o seu modo de ação (VENDRAMINI, 2014). Os ionóforos apresentam  resultados satisfatórios quanto à redução das perdas de energia e proteína no rúmen, aumentando o desempenho animal. Este aumento está relacionado principalmente a uma maior eficiência energética graças ao aumento da digestibilidade dos alimentos, ao aumento da produção do ácido propiônico (com a redução da relação acetato/propionato, diminuindo a produção de metano e ácido láctico), e à redução das perdas de proteína e aminoácidos que seriam potencialmente fermentados no rúmen (RUSSELL e STROBEL, 1989). Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  –  Mapa, os ionóforos como monensina sódica, são consideradas tanto antimicrobianos quanto coccidiostáticos, tendo seu uso autorizado em dietas de ruminantes no Brasil (BRASIL, 2008). A monensina é um dos ionóforos mais utilizados como aditivo alimentar na produção de animais ruminantes (MOURO et al., 2006), sendo utilizado com o intuito de melhorar o ganho médio diário e a eficiência alimentar dos bovinos (BERTIPAGLIA, 2008). A intensificação de pesquisas avaliando o uso de óleos essenciais na alimentação de ruminantes se deu por duas razões principais: para encontrar alternativas naturais após a proibição do uso de antimocrobianos como aditivos para alimentação animal em vários países (CALSAMIGLIA et al., 2007), e; pelo aumento da preocupação com os efeitos ambientais da produção de ruminantes (VENDRAMINI, 2014). A União Europeia em 2006 baniu os antimicrobianos como promotores de crescimento animal (Regulamentação 1831/2003/EC), incluindo os ionóforos. A alegação é a possível presença de resíduos no leite e na carne, além da maior probabilidade de aparecimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos usados na medicina humana (VENDRAMINI, 2014). No Brasil, a monensina sódica tem seu uso liberado para ser incluído em dietas para ruminantes (OLIVEIRA et al., 2005). Considerando que a União Européia é uma formadora de opinião mundial, é provável que em um futuro próximo outros mercados consumidores mundiais sigam tal decisão, restringindo o uso destes aditivos. Desta forma existe um crescente interesse científico por formas alternativas que mimetizem os efeitos dos ionóforos, mas que sejam mais seguras ao consumo humano e, ao mesmo tempo, aceitas pela sociedade consumidora (Mingoti, 2013). O uso de óleos essenciais na alimentação de ruminantes surge então como alternativa para contornar este problema. Relatos apontam que o início da utilização de óleos essenciais para ruminantes se deu na década de 60 (BORCHERS, 1965; OH et al., 1967, 1968; NAGY e TENDERGY, 1968 citado por CALSAMIGLIA et al., 2007). Esses óleos são produzidos pelo metabolismo secundário de plantas aromáticas e possuem papéis importantes na natureza, atuando no mecanismo de defesa das plantas contra patógenos e predadores e para atrair insetos polinizadores (BAKKALI et al., 2008). Segundo Bakkali e colaboradores (2008) os óleos possuem propriedades antibacteriana, antifúngica e inseticida que são largamente empregados na indústria de produtos sanitários, odontológicos e agronômicos como pesticidas, preservadores, aditivos alimentares e remédios naturais. O timol é uma substância encontrado nos óleos de tomilho (Thymus spp.) e orégano (Origanum vulgare ), no óleo do “alecrim - pimenta” ( Lippia sidoides) e em outras plantas do gênero Lippia (PENGELLY, 2004; NEVES, 2009). O limoneno é abundante nos limões (Citrus limonum), na laranja (Citrus aurantium) e na hortelã (Mentha piperita ou spicata), além disso, pode ser encontrado também em outros óleos essenciais (TURNER et al., 1999). Esse composto demonstra um amplo espectro de ação sobre microrganismos e tem atividade deletéria até mesmo em bactérias gram-negativas. O entendimento dos efeitos e das atividades dos óleos essenciais pode constituir uma ferramenta útil para melhorar a eficiência da utilização dos nutrientes  no rúmen e o desempenho dos ruminantes, além de reduzir os efeitos desta sobre o meio ambiente (MEYER et al., 2009; GIANNENAS et al., 2011). Entre os principais efeitos dos óleos essenciais está a diminuição da degradação proteica ruminal. Dados existentes levam a crer que alguns óleos reduzem a taxa de deaminação e a adesão e colonização das bactérias proteolíticas aos seus substratos (CALSAMIGLIA et al., 2007; BENCHAAR et al., 2008). Segundo Calsamiglia et al. (2007), alterar o metabolismo ruminal do nitrogênio é uma forma de reduzir custo de alimentação desses animais, de maneira a melhorar o desempenho animal e reduzir a poluição ambiental causada pela ureia (NH3). Varga et al. (2004), avaliando 170 vacas em lactação observaram produção de leite 1,6 kg/d maior ao se fornecer 1,2 g/d de Crina® Ruminants aos animais. Por outro lado, Tassoul e Shaver (2009), utilizando 1 g/d de Crina® Ruminants na dieta, observaram redução de 7% na ingestão de matéria seca, sem efeito sobre a produção de leite. O comportamento ingestivo pode ser influenciado por fatores físicos como a degradação do alimento, fluxo da digesta pelo trato gastrintestinal e pela presença de um ou mais metabólitos na corrente sanguínea (CARVALHO et al., 2004). De acordo com o estudo realizado por Vendramini (2014), vacas em lactação apresentaram redução na excreção de nitrogênio fecal (g/dia) quando alimentadas com Crina® Ruminants, em comparação a animais que receberam monensina, quitosana e a animais que não receberam aditivos. Meschiatti et al. (2016) estudaram a combinação de óleos essenciais (Crina® Ruminants, DSM Nutritional Products), com enzimas exógenas (α -amilase, Ronozyme RumiStar®, DSM e protease, Ronozyme Proact®, DSM) em comparação à monensina sódica, na ingestão, digestibilidade e fermentação ruminal em bovinos Nelore em confinamento. Estes autores observaram que os animais alimentados com óleos essenciais e enzimas exógenas apresentaram ingestão de matéria seca e NDT maiores (P<0,05) (IMS 9,77 kg; NDT 7,73 kg) quando comparados a animais que receberam apenas monensina sódica (IMS 7,69 kg; NDT 5,89 kg). Além disso, no mesmo trabalho, Meschiatti et al. (2016), ao utilizarem apenas os óleos essenciais, observaram maior (P<0,05) digestibilidade total da proteína bruta (PB) quando comparados ao uso da monensina sódica (74,9% e 65,3%, respectivamente). Apesar dos trabalhos que já avaliaram a inclusão de óleos essenciais na alimentação de ruminantes, um ponto que muito ainda se questiona é o nível ideal a ser utilizado destes aditivos, a partir da resposta produtiva que se quer alcançar. Outra parte destes questionamentos envolve ainda a falta de dados sobre aspectos da resposta animal ao uso dos óleos essenciais em diferentes condições de produção. Entre estas condições, podemos destacar a carência de trabalhos avaliando o uso destes aditivos na dieta de bovinos em pastejo, sistema base da produção de carne no Brasil (Paulino et al., 2008). 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVOS GERAIS Avaliar a digestibilidade e parâmetros ruminais e metabólicos de garrotes Nelore em pastejo recebendo diferentes níveis de óleos essenciais. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estimar consumo de garrotes Nelore em pastejo recebendo diferentes níveis de óleos essenciais.  Avaliar os coeficientes de digestibilidade aparente de garrotes Nelore em pastejo recebendo diferentes níveis de óleos essenciais. Avaliar o metabolismo de garrotes Nelore em pastejo recebendo diferentes níveis de óleos essenciais. 3. METODOLOGIA O experimento de campo será conduzido na I&AS Beef Center, fazenda Caçadinha na Rodovia Rio Brilhante/Maracaju, Km 234 Rio Brilhante  – MS, no período de março a junho de 2018 para avaliar a digestibilidade do alimento e parâmetros ruminais e metabólicos de garrotes Nelore em pastejo recebendo diferentes doses de um mix de óleos essenciais à base de timol, limoneno e guaiacol. Para avaliação das condições nutricionais os animais serão submetidos a 5 tratamentos sendo eles: Controle (suplementação proteica sem aditivos), 400 mg (suplementação proteica contendo 400 mg do mix de óleos essenciais/100 kg de PC), 800 mg (suplementação proteica contendo 800 mg do mesmo mix de óleos essenciais/100 kg PC), 1.200 mg (suplementação proteica contendo 1.200 mg do mesmo mix de óleos essenciais/100 kg de PC), ou 1.600 mg (suplementação proteica contendo 1.600 mg do mesmo mix de óleos essenciais/100 kg de PC). Serão utilizados cinco garrotes Nelore fistulados, com peso médio inicial de 350 kg, que serão alojados em cinco piquetes de B. brizantha , cv. Marandú, com aproximadamente 1,0 ha cada um, contendo comedouros e bebedouros automáticos para avaliação do consumo de suplemento (Sistema Intergado ® ). Os tratamentos experimentais serão distribuídos aos animais segundo um delineamento em quadrado latino 5 x 5. A estimação do consumo será realizada por intermédio da técnica dos indicadores. Utilizar-se-á o LIPE ®  como indicador para estimação da excreção fecal, de acordo com a técnica proposta por Saliba et al. (2013). Em cada período experimental, os nove primeiros dias serão para adaptação dos animais ao tratamento. Nos dias oito a treze serão fornecidas aos animais, via cânula ruminal, cápsulas de 500 mg de LIPE ® . Entre o 10º e 14º dias será realizada, para estimação de consumo e digestibilidade, a coleta de fezes, diretamente no reto dos animais, uma vez por dia, às 10:00, 12:00, 14:00, 17:00 e 07:00 h, respectivamente. O consumo de suplemento será verificado através de cochos com sistema eletrônico de pesagem (Intergado®). A fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) será utilizada como indicador interno para estimação direta do consumo de MS do pasto, e indireta da digestibilidade da dieta. Entre o 9º e o 10º dias será realizada uma coleta de pasto para estimação da oferta de massa total de MS/ha da parte aérea, através do corte rente ao solo de dez áreas em cada piquete, delimitadas por um quadrado metálico de 0,5 x 0,5 m, lançados aleatoriamente (McMENIMAN, 1997). As amostras serão pesadas e homogeneizadas. A partir destas, será retirada uma amostra composta. Simultaneamente, realizar-se-á a amostragem qualitativa do pasto consumido pelos animais via simulação manual de pastejo em cada piquete. As amostras do pasto e as fezes serão congeladas e enviadas para análise. Os consumos de componentes da dieta e seus respectivos coeficientes de digestibilidade aparente (CD) serão obtidos pelo consumo de pasto e suplemento, e pelas análises de pasto, suplementos e fezes. O CD de cada nutriente será calculado pela relação entre a diferença entre o ingerido e o excretado pelas fezes, dividida pela quantidade ingerida. No 14º dia de cada período será realizada a coleta, individual, de amostras “spot” de urina (10 mL), em micção espontânea dos animais, cerca de quatro horas