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Fundação Iberê Camargo

FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO O projeto Itinerâncias da Fundação Iberê Camargo, mais que cumprir a missão institucional de preservar, pesquisar e divulgar a obra de Iberê Camargo, busca estreitar os laços do

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FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO O projeto Itinerâncias da Fundação Iberê Camargo, mais que cumprir a missão institucional de preservar, pesquisar e divulgar a obra de Iberê Camargo, busca estreitar os laços do artista com seu Estado natal. A atividade dá continuidade às ações iniciadas em 2011, que já contemplaram as cidades de Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo e Santa Maria. Desde 2012, o projeto conta com o apoio do Sistema Fecomércio-RS/Sesc. A parceria entre as duas instituições amplia e potencializa o alcance das ações junto ao público e chega, neste ano de centenário do nascimento de Iberê Camargo, às cidades de Bagé e Lajeado. A exposição Iberê Camargo: um homem a caminho apresenta cerca de 60 obras do acervo da Fundação Iberê Camargo produzidas entre os últimos anos da década de 1960 e o inal da vida do artista. Entre desenhos, guaches, gravuras em metal, serigra ias e litogra ias, o recorte destaca a passagem, na obra de Iberê, do viés abstrato alcançado a partir da observação de carretéis para o protagonismo da igura humana em sua produção. Ciclistas, manequins, modelos, mendigos e músicos são alguns dos tipos que o artista encontrou pelas ruas de Porto Alegre, em seu retorno à cidade, e que se transmutaram, sob um olhar bastante subjetivo, nos personagens centrais do período inal de sua produção. Além da exposição, o projeto Itinerâncias conta com ações educativas que visam promover o contato com a arte e com a re lexão crítica. As atividades de formação de professores e mediadores nas cidades contempladas incentivam o desenvolvimento de pesquisas e atividades com estudantes e o público em geral. A partir das parcerias irmadas com o Sistema Fecomércio-RS/Sesc e com o Da Maya Espaço Cultural, em Bagé, a população do interior do estado tem acesso à obra de Iberê Camargo. A realização desta exposição só é possível em razão do suporte de nossos patrocinadores, parceiros e equipe. A Fundação Iberê Camargo aproveita para agradecer a todos que, de inúmeras formas, contribuem para potencializar o alcance de seu acervo. SISTEMA FECOMÉRCIO-RS / SESC Apoiar as manifestações culturais signi ica, para o Sistema Fecomércio-RS/ Sesc, promover a interação das comunidades com os fazeres artísticos e incitar a curiosidade, o conhecimento e a cultura na sua essencialidade. Há 67 anos, o Sesc vem promovendo a qualidade de vida dos comerciários e da comunidade em geral, e dentre as atividades desenvolvidas pela entidade estão as atreladas à cultura. Nessa área, não perdemos de vista a diretriz básica de desenvolver um programa educativo e, por isso, promovemos paralelamente cursos, o icinas e seminários, que quali icam tanto artistas como o público interessado no segmento. Nas artes visuais, o Sesc é reconhecido como um dos principais agentes de difusão das artes plásticas no país, contribuindo em duas vertentes para a sua disseminação. A primeira diz respeito ao seu programa de exposições temporárias individuais ou coletivas, por meio das quais há o estabelecimento de um diálogo entre o artista e o público, entre os artistas locais, nacionais e internacionais. A outra vertente se dá no contexto da atividade Desenvolvimento Artístico-Cultural, que tem como objetivo a realização de cursos, o icinas, seminários, visando à quali icação não só do público mas também dos que escolheram a arte como o ício. Nossas ações em artes visuais são voltadas à formação de público e ao aprimoramento dos artistas. Temos o compromisso de apresentar, discutir, produzir e dialogar com os diversos contextos da produção artística brasileira. E é com imensa satisfação que, por meio do Arte Sesc Cultura por Toda Parte, estamos realizando em parceria com a Fundação Iberê Camargo a exposição Iberê Camargo: um homem a caminho. A mostra reúne cerca de 60 obras do acervo do artista, contemplando trabalhos produzidos por Iberê entre a década de 1960 e o inal de sua vida. A arte, para ele, foi o meio encontrado para enfrentar a vida e também para sobreviver a ela, estendendo sua permanência para além de seu tempo. A exposição Iberê Camargo: um homem a caminho é mais um marco no desenvolvimento de ações efetivas do Arte Sesc Cultura por Toda Parte na área das artes visuais. DA MAYA ESPAÇO CULTURAL O Da Maya Espaço Cultural, criado em 2010, foi o primeiro investimento urbano do Grupo Da Maya. Localizado em área construída anexa a um casarão do inal do século XIX, inteiramente restaurado na região central de Bagé. Este espaço, comprometido com a arte, o patrimônio, a época e o lugar, valida a educação por meio da arte, com a intenção de dar visibilidade e mediação estética à construção de sentidos, em um recorte ético de valores e construções humanas, colaborando para um exercício pleno de cultura. Ao celebrar a vida e a obra de Iberê Camargo em seu centenário, o Da Maya Espaço Cultural acolhe um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX. Desenhista, gravurista e pintor, munido de uma paleta de alma existencialista e com gestos viscerais, entre suas gavetas de guardados, carretéis, abstrações, idiotas e ciclistas, ele transita em suas obras, com fartura de traços e matérias pictóricas, sobrepostas camadas, que raspa, desfaz e refaz em gestos erráticos. A linguagem da arte sobrevive, pois a criação é, por natureza, otimista. Em algum lugar da memória o primeiro quadro às margens do riacho na cidade baixa... Eis, Iberê Camargo: um homem a caminho. Secretaria de Estado da Cultura, Sistema Fecomércio-RS/ Sesc e Gerdau apresentam Este catálogo foi produzido por ocasião da exposição IBERÊ CAMARGO: UM HOMEM A CAMINHO Da Maya Espaço Cultural Bagé, RS 9 de maio a 22 de junho de 2014 Sesc Lajeado, RS 18 de julho a 23 de agosto de 2014 Tenho sempre presente que a renovação é uma condição da vida. Nunca me satisfaz o que faço. Vejo nisso um estímulo permanente à criação. Ainda sou um homem a caminho. IBERÊ CAMARGO Rio de Janeiro, 8 de março de 1985 Iberê Camargo no Parque da Redenção, Porto Alegre, 1977 Foto: Martin Streibel livro Gaveta dos guardados: Iberê Camargo, Cosac Naify, 2009. EU PINTEI A MORTE Os motivos de meus quadros são visões do cotidiano, que transporto para o mundo das lembranças sob a inspiração da fantasia. Certa vez, decidi pintar uma cena que via diariamente a caminho do ateliê: um cego, tocador de sanfona, sentado em um tamborete, com a bengala encostada ao muro, um pires sobre a calçada para recolher as esmolas e um velho cão deitado a seus pés. Nada mais prosaico do que essa cena que mais move à caridade do que provoca emoção estética. Mas por que não fazer com ela uma obra de arte? Foi a pergunta que me iz e o desa io que me coloquei. Numa das minhas passagens pelo local, iz um rápido croqui do modelo e me pus a executar o quadro. Partindo dessa realidade de escasso valor plástico considerava o modelo inexpressivo e sem recorrer a fontes ancestrais, a arquétipos, como faz Picasso, por iei, em vão, interpretá-lo com vigor e verdade. Sempre, ao colocar a última pedra, a construção desmoronava. Com a teimosia que alimenta o criador, varei a noite fazendo e refazendo a obra, até a exaustão. O primeiro clarão da manhã veio iluminar uma tela O sanfoneiro lívida de cor: cinza sobre cinza, branco sobre branco. A igura de mulher que nascera, que ali estava sentada, era esquálida, de aspecto soturno e inquietante. A sanfona, que de início repousava sobre o regaço, deixara apenas vestígio. Longos dedos descarnados tamborilavam sobre as costelas à mostra. Era a morte que tocava na sua própria caixa torácica, emitindo um som cavernoso, abafado. Reconheci de imediato o cão que a acompanha, esse que, por certo, devora os cadáveres. O quadro foi exposto sem nenhuma probabilidade de venda, tal sua mórbida expressão. Porém, inesperadamente, à véspera do encerramento da mostra, um jovem o adquiriu e prometeu retornar no dia seguinte para apanhá-lo. Nesse dia, o comprador foi encontrado morto sobre o piso ensanguentado de seu apartamento. A morte se antecipara. IBERÊ CAMARGO Porto Alegre, 7 de agosto de 1993. 1 sem título, 1987 caneta esferográ ica, gra ite e lápis de cor sobre papel 27 x 16,3 cm 2 sem título, 1987 caneta esferográ ica sobre papel 33,5 x 21,5 cm 14 15 3 sem título, 1985 gra ite e lápis de cor sobre papel 16,4 x 24,2 cm 4 sem título, 1985 gra ite e lápis de cor sobre papel 16,8 x 24,3 cm 5 sem título, 1985 gra ite e lápis de cor sobre papel 16,5 x 24,3 cm 16 17 18 6 Mendigos do Parque da Redenção, 1987 caneta esferográ ica e gra ite sobre papel 21,5 x 32,5 cm 7 Mendicantes do parque, 1987 nanquim e lápis stabilotone sobre papel 34,2 x 38,5 cm 19 8 Papeleiro, 1987 litogra ia 31,5 x 23,5 cm 9 Músicos, 1987 litogra ia 25,9 x 26,1 cm 10 Palhaços, 1987 litogra ia 24,9 x 29,5 cm 20 21 11 sem título, c guache e caneta esferográ ica sobre papel 14,8 x 9,2 cm 12 Mímica, 1987 lápis stabilotone sobre papel 35,4 x 50,3 cm 22 23 13 sem título, 1990 caneta esferográ ica sobre papel 8,3 x 16,2 cm 14 Parque da Redenção IV, 1985 guache sobre papel 15 x 30 cm 24 25 26 15 sem título, 1990 nanquim, guache e caneta esferográ ica sobre papel 34 x 23 cm 16 sem título, c lápis stabilotone e caneta esferográ ica sobre papel 32,5 x 23,5 cm 27 17 sem título, 1991 guache e lápis stabilotone sobre papel 69,8 x 50 cm 29 18 Ciclista, 1991 água-tinta (processo do guache e lavis) 29,5 x 19,5 cm 19 Ciclista, 1992 água-forte e água-tinta (lavis) 24,4 x 29,6 cm 30 31 20 Manequim e ciclista, 1992 água-forte 24,6 x 29,5 cm 33 21 sem título, 1987 caneta esferográ ica sobre papel 25 x 16 cm 22 sem título, 1986 lápis de cor sobre papel 32,5 x 22,7 cm 23 sem título, 1986 lápis de cor sobre papel 33 x 24,3 cm 34 35 36 24 sem título, 1986 lápis de cor e gra ite sobre papel 33 x 22 cm 25 sem título, 1986 lápis de cor e caneta esferográ ica sobre papel 33 x 24,4 cm 26 sem título, 1986 lápis de cor e gra ite sobre papel 33,2 x 22,9 cm 37 27 sem título, 1992 guache e lápis stabilotone sobre papel 50,2 x 70 cm 39 40 28 Estudo para Fantasmagoria II, 1986 guache sobre papel 72 x 55,5 cm 29 sem título, 1986 litogra ia, guache e lápis stabilotone sobre papel 70,3 x 50,1 cm 41 42 30 Manequim, 1987 litogra ia, guache e lápis stabilotone sobre papel 62,9 x 53,2 cm 31 Suíte manequins 4, 1986 serigra ia 70,1 x 49,9 cm 43 32 Suíte manequins 10, 1986 serigra ia 70,2 x 50 cm 33 Suíte manequins 7, 1986 serigra ia 70,3 x 50,3 cm 34 Suíte manequins 2, 1986 serigra ia 70 x 50,1 cm 44 45 35 Figuras e manequins, 1985 serigra ia 31,3 x 45,1 cm 36 Suíte manequins 9, 1986 serigra ia 70 x 50 cm 46 47 48 37 sem título, a partir de As criadas de Jean Genet, 1986 guache e lápis stabilotone sobre papel 100 x 70,3 cm 38 sem título, 1987 guache e lápis stabilotone sobre papel 99,2 x 66,7 cm 49 39 O homem da lor na boca (Um ato de amor à vida), 1993 guache e lápis stabilotone sobre papel 100 x 70 cm 51 52 40 sem título, 1992 guache e lápis stabilotone sobre papel 69,8 x 50,2 cm 41 sem título, 1993 guache e lápis stabilotone sobre papel 70 x 50,2 cm 53 54 42 sem título, c lápis stabilotone e caneta esferográ ica sobre papel 23 x 34 cm 43 sem título, 1988 guache, nanquim e lápis stabilotone sobre papel 70 x 46 cm 55 56 44 Duas iguras femininas, 1989 água-forte 10 x 7,4 cm 45 Mulher sentada, 1991 água-forte e água-tinta (lavis e processo do guache) 17,3 x 13 cm 57 58 46 sem título, 1992 caneta tinteiro e guache sobre papel 24,1 x 32 cm 47 sem título, 1991 caneta esferográ ica sobre papel 31,5 x 21,5 cm 59 48 sem título, 1992 guache e lápis stabilotone sobre papel 70 x 50,3 cm 61 62 49 Manequim e mulher sentada, c água-forte 29,7 x 24,8 cm 50 Idiota, 1991 água-forte 29,4 x 19,3 cm 63 51 sem título, 1991 guache e lápis stabilotone sobre papel 70 x 50,2 cm 65 52 Dado verde, 1982 serigra ia 30,6 x 44,7 cm 53 sem título, 1977 guache sobre papel 36,5 x 50,5 cm 54 sem título, 1982 guache sobre papel 31,6 x 44,3 cm 66 67 68 55 sem título, 1975 guache sobre papel 50,6 x 72,6 cm 56 Vórtice 4, c água-tinta (processo do açúcar) e verniz mole 49 x 19,2 cm 57 Vórtice, 1975 litogra ia 48,3 x 18 cm 69 70 58 sem título, c nanquim sobre papel 32,3 x 48 cm 59 Gravura 3, 1968 água-forte e água-tinta (processo do açúcar) 29,5 x 49,6 cm 71 Depois (à Maria) Quando eu estiver deitado na planície, indiferente às cores e às formas, tu deves te lembrar de mim. Aí onde a planície ondula, a terra é mais fértil. Abre com a concha da tua mão uma pequenina cova e esconde nela a semente de uma árvore. Eu quero nascer nesta árvore, quero subir com os seus galhos até o beijo da luz. Depois, nos dias abrasados, tu virás procurar a sua sombra, que será fresca para ti. Então no murmúrio das folhas eu te direi o que o meu pobre coração de homem não soube dizer. Porto Alegre, Livro Gaveta dos Guardados: Iberê Camargo, Cosac Naify, Iberê Camargo no Parque da Redenção, Porto Alegre, 1977 Foto: Martin Streibel IBERÊ CAMARGO 1914 Nasce Iberê Bassani de Camargo, em 18 de novembro, na cidade de Restinga Seca, interior do Rio Grande do Sul, ilho de Adelino Alves de Camargo, agente ferroviário, e de Doralice Bassani de Camargo, telegra ista Inicia sua aprendizagem em pintura na Escola de Artes e O ícios da Cooperativa da Viação Férrea de Santa Maria (RS), tendo como professores Frederico Lobe e Salvador Parlagrecco Assume a primeira atividade pro issional como aprendiz do escritório técnico no Primeiro Batalhão Ferroviário. Pouco tempo depois, é promovido à função de desenhista técnico Trabalha, em Porto Alegre, como desenhista técnico na Secretaria Estadual de Obras Públicas do Rio Grande do Sul e frequenta o Curso Técnico de Desenho de Arquitetura, no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Casa-se com Maria Coussirat, graduada em pintura pelo mesmo instituto Vende seu primeiro óleo, intitulado Paisagem. Recebe bolsa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para estudar no Rio de Janeiro, para onde se transfere com sua esposa. Conhece e estabelece relações com artistas como Cândido Portinari, Frank Schaeffer e Hans Steiner. Ingressa na Escola de Belas Artes, mas a abandona, por discordar de sua orientação acadêmica. Inicia um curso livre, ministrado por Alberto da Veiga Guignard. Integra o Grupo Guignard, participando do ateliê coletivo, bem como das exposições. Realiza sua primeira exposição individual em Porto Alegre Funda, com o apoio de Géza Heller, Elisa Byington e Maria Campello, o Grupo Guignard, um ateliê coletivo sob orientação de Alberto da Veiga Guignard, no Rio de Janeiro. Grupo Guignard, Diretório Acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Exposição transferida para a sede da Associação Brasileira de Imprensa, depois de ter sido desmontada à força por um grupo de estudantes da Escola Nacional de Belas Artes. 48º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Recebe menção honrosa em Desenho É extinto o Grupo Guignard. Trabalha em outros ateliês. Passa a participar de diversas exposições coletivas no Brasil e no exterior. Exposição individual, Galeria Casa das Molduras, Porto Alegre. 49º Salão Nacional de Belas Artes, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Recebe medalha de bronze em Pintura Segue para o ateliê na rua Joaquim Silva, Lapa, onde permanece até meados de º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Recebe medalha de prata em Pintura. 20 artistas brasileiros Museo Provincial de Bellas Artes, La Plata, Argentina; Comisión Municipal de Cultura, Montevideo, Uruguay; Salas Nacionales de Exposición, Buenos Aires, Argentina. Iberê Camargo desenhando no ateliê da rua Alcebíades Antônio dos Santos, Porto Alegre, Foto: Luiz Eduardo Robison Achutti 75 1946 Iberê Camargo, Galeria de Arte do Instituto Brasil-Estados Unidos/Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro. Primeira mostra individual no Rio de Janeiro. 51º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro Exposição individual, Galeria Casa das Molduras, Porto Alegre. 52º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Recebe o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro pela Seção de Pintura. Recebe, ainda, medalha de bronze em Desenho Viaja à Europa com a esposa, Maria Coussirat Camargo. Em Roma, estuda gravura com Carlo Alberto Petrucci, pintura com De Chirico, materiais com Leoni Augusto Rosa e afresco com Achille. Em Paris, estuda pintura com André Lhote Retorna ao Brasil e, no ano seguinte, começa a ministrar aulas de desenho e pintura em seu ateliê Integra o júri do 56º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Dedica-se ao ensino de desenho e de pintura em seu ateliê, na rua Joaquim Silva, Rio de Janeiro. I Bienal Internacional de São Paulo, Pavilhão do Trianon, São Paulo. 56º Salão Nacional de Belas Artes Divisão Moderna Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Bienal de Arte Hispano-Americana, Madri, Espanha. Iberê Camargo, Museu de Arte Moderna de Resende (RJ). Exposição inaugural do museu Desenvolve 29 gravuras em água-tinta para ilustração do livro O rebelde, de Inglês de Sousa. No mesmo ano, realiza exposição dessas gravuras, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Funda o Curso de Gravura em Metal no Instituto Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. 4º Salão do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Recebe medalha de prata na Seção de Gravura. II Salão Nacional de Arte Moderna, Palácio da Cultura/ Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro Organiza, juntamente com outros artistas, o Salão Preto e Branco, parte do III Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Salão Preto e Branco / III Salão Nacional de Arte Moderna, Palácio da Cultura/Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro. Recebe medalha de prata em Pintura. Pinturas e gravuras de Iberê Camargo, Galeria de Arte do Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio de Janeiro. Primeira mostra individual depois de viagem de estudos à Europa Produz o texto A gravura, publicado em Salão miniatura, Associação Brasileira de Imprensa, Rio de Janeiro. Gravuras de Iberê Camargo, Galeria de Arte do Clube de Gravura, Porto Alegre. I Novo Salão Carioca, Rio de Janeiro. Bienal Hispano-Americana de Arte de Madri, Palacio Municipal de Exposiciones, Madri Recebe isenção de júri na seleção do V Salão Nacional de Arte Moderna. V Salão Nacional de Arte Moderna, Palácio da Cultura/ Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro. III Bienal Hispano-Americana, Barcelona VI Salão Nacional de Arte Moderna, Palácio da Cultura/ Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro. Recebe isenção de júri neste Salão. Salão para todos de gravura e desenho, Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro. Levado posteriormente para a China. Participa como jurado e artista convidado Integra o júri de seleção e premiação do VII Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Participa de diversas exposições coletivas neste ano, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e Quito, no Equador. Salão Pan-Americano do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. I Bienal Interamericana de Pintura y Grabado, Palacio de Bellas Artes, Cidade do México. Pinturas e gravuras 1955 a 1958, GEA Galeria de Artes Plásticas, Rio de Janeiro V Bienal Internacional de São Paulo, Museu de Arte Moderna, São Paulo. Iberê Camargo of Brazil, Pan-American Union, Washington. 76 1960 Segue para novo ateliê, na rua das Palmeiras, Botafogo, Rio de Janeiro. Ministra curso de pintura, na Galeria Municipal de Arte, em Porto Alegre. Esse curso dá origem ao Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, voltado para a formação de artistas. Ministra curso de gravura em metal, em Montevidéu, tendo seu tratado de gravura divulgado em língua espanhola. Iberê Camargo, Centro de Artes y Letras, Montevidéu. Iberê Camargo: gravura pintura, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre. IX Salão Nacional de Arte Moderna, Palácio da Cultura/ Ministério da Educação e Cultura,