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O Livro Caótico De São Cipriano

um livro sobre magia catolica-cerimonial aos olhos da magia do chaos

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O LIVRO CAÓTICO DE SÃO CIPRIANO O LIVRO CAÓTICO DE SÃO CIPRIANO SÃO CIPRIANO, O MAGO DOS MAGOS Antioquia era uma cidade Muito bem localizada  Na margem esquerda esquerda do rio Orantes Orantes  Na urquia a!amada a!amada "oi ali que nasceu Ci#riano $m !eiticeiro camarada Muita gente n%o con&ece Ou a#enas ou'iram !alar  Deste santo !eiticeiro (ue #)de se consagrar  Como o maior !eiticeiro Da &ist*ria #o#ular  O #ai de Ci#riano +ra rico abastado i'ia com muita lu-.ria + era muito res#eitado +ducou bem o seu !il&o Pra ser um mestre consagrado Para ser grande mestre Ci#riano estudou A#rendeu todas as Artes +m tudo se !ormou Mas nas ci/ncias ocultas "oi que ele se destacou A#ro!undou seus estudos  Na ci/ncia e na magia ia0ou #ela Gr1cia e #elo +gito A#rendendo !eiti2aria ornou3se o maior !eiticeiro + mestre da astrologia (uando ele tin&a 45 anos Para a 6abil)nia 'ia0ou "oi onde con&eceu a 6ru-a 7'ora + com ela se associou A#rendendo com os Caldeus Ainda mais se misti!icou888 9:iteratura de Cordel; São Cipriano- Kaos! +ste li'ro e-#nica;8 S%o Ci#riano 1 ca*tico #or natureza, seus li'ros e suas biogra!ias s%o contradit*rios, um 'erdadeiro caos, Mas quero mostrar neste li'ro que 1 um ?sistema@ de magia  #er!eitamente !uncional8 Ci#riano se tornou o TRISMEGISTUS do !olclore brasileiro, e ao longo do tem#o desen'ol'eu tr/s !aces distintas 3O santo cat*lico S%o Ci#rianoB 3O !eiticeiro #ag%o Ci#riano de AntioquiaB 3+ o #reto3'el&o Pai3Ci#riano, o quimbandeiro8 Sem#re 'alorizei coisas mais #o#ulares, e isso re!letiu em min&as #rticas mgicas8 $m cam#on/s brasileiro #ro'a'elmente n%o saber quem !oi CroleE, S#are, Dee, Grant ou Carroll, mas certamente saber quem !oi Ci#riano8 (uem nunca ou'iu !alar do :i'ro de S%o Ci#rianoF Decidi #raticar a magia ci#ri>nica #orque quanto mais #o#ular 1 uma egr1gora, mais  #oderosa ela 1, e todos os sistemas de magia s%o a#enas teatrin&os #ara !azer seu subconsciente trabal&ar8  Na magia de S%o Ci#riano, e em todo sistema de magia, a#lica3se o 'el&o #rinc=#io ?NADA É REAL TUDO É PERMITIDO SÃO CIPRIANO- O "OMEM O MITO A LENDA Eu particularmente não acredito que São Cipriano, tal como é descrito em seus livros, tenha realmente existido, talvez fosse um sacerdote pagão que se converteu ao cristianismo, que anos mais tarde relatos sobre ele tenham sido exagerados, fazendo dele um Santo. Mas isso não faz a menor diferena, como um Mago do Caos, sou devoto fervoroso de são Cipriano. !odos os magos do Caos que forem trabalhar com um determinado panteão, devem conhecer o m"nimo de sua mitologia inerente. #escrevo aqui, de forma resumida, a hist$ria de São Cipriano% São Cipriano O Ma#o $os Ma#os o san%o $& D&'s ascius Caecilius CE#rianus, nasceu na cidade de Antioquia8 Antioquia era uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes, na urquia8 "oi nesta cidade que, quando o Cristianismo era a#enas uma #equena seita religiosa, Paulo #regou o seu #rimeiro serm%o numa Sinagoga, e !oi tamb1m aqui que os seguidores de esus !oram c&amados de Crist%os #ela #rimeira 'ez8 Historicamente, & quem de!enda que S%o Ci#riano 6is#o de Cartago, 9 Cartago, o cora2%o do grande im#1rio !en=cio que e-istiu no Norte de A!rica e que ri'alizou com o im#1rio romano #elo controlo do mediterr>neo; e s%o Ci#riano de Antioquia,9 de cognome o !eiticeiroJ, ou o mago dos magosJ;, nascido na cidade que e-istiu na zona entre urquia e S=ria, e que era c&ama a mais bela cidade do orienteJ, s%o !iguras &ist*ricas totalmente distintas8 Ao contrario, muitas outras !ontes a!irmam que S%o Ci#riano o 6is#o de Cartago, e S%o Ci#riano o "eiticeiroJ, se tratam da mesma !igura &ist*rica, sendo que #or moti'os de oculta2%o da 'ida #ecaminosa de S%o Ci#riano antes da sua con'ers%o, se #rocurou criar a ideia que o S%o Ci#riano santi!icado era uma !igura totalmente distinta do S%o Ci#riano o bru-o, assim retirando de S%o Ci#riano o 6is#o e o Santo, a #esada macula de todos os seus anteriores #ecados8 S%o teses &ist*ricas, umas mais de!ens'eis que outras, mas que de qualquer das !ormas s%o un>nimes em con!irmar a e-ist/ncia de S%o Ci#riano8 Cremos #essoalmente, que tal como a!irmam as mais ilustres obras que 'ersam sobre S%o Ci#riano, que Ci#riano o 6is#o de Cartago, e Ci#riano o 6ru-o, s%o a mesma #essoa8 (uanto a S%o Ci#riano de Antioquia, o bru-o e santo antiquoiaAntioquia era a terceira maior cidade do im#1rio romano, con&ecida #ela sua de#ra'a2%o8 Nesta metr*#ole con&ecida #or KAntioquia, a belaK, ou a Krain&a do OrienteK, 9 tal era a beleza da arte romana e do lu-o oriental que se !undiam num cenrio deslumbrante;, a #o#ula2%o era maioritariamente romano 3&el1nica, e o culto dos deuses era a religi%o o!icial8 Alguns dos cultos religiosos esta'am associados a deusas do amor e da !ertilidade, #elo que a lasc='ia, #er'ers%o e a libertinagem eram !amosas nesta cidade8 "oi neste ambiente religioso e cultural que Ci#riano nasceu, &a'endo sido admitido num dos tem#los sagrados da cidade #ara realizar os seus estudos sacerdotais e m=sticos8 "il&o de +deso, 9 #ai;, e Cled*nia , 9 m%e;, Ci#riano nutria uma 'erdadeira 'oca2%o e gosto #elos estudos m=sticos e religiosos8 Assim, Ci#riano dedicou a sua 'ida ao estudo das ci/ncias ocultas, sendo que !icou con&ecido #elo e#=teto de o !eiticeiroJ8 Ci#riano alcan2ou grande !ama e o seu nome !oi recon&ecido enquanto um #oderoso !eiticeiro, ca#az de grandes #rod=gios8 Ci#riano nasceu em L5 d8C8 +ra descendente de uma #ros#era !am=lia e !il&o de #ais abastados e crentes das di'indades #agas , que cedo o entregaram ao sacerd*cio de Deuses8 Ci#riano entrou assim em contacto com as ci/ncias ocultas, e a#ro!undou a!incadamente os seus estudos de !eiti2aria, rituais sacri!iciais e in'oca2nica, #assando #elo litoral +g=#cio, #or Cartago, #ela Itlia, #ela Gr1cia, #or Marrocos, estendendo3se at1   #en=nsula &ib1rnica8 O al!abeto !on1tico !en=cio 1 considerado o ancestral de todos os al!abetos modernos, assim se demonstrando o grau de ele'a2%o cultural deste #o'o8 A ci'iliza2%o !en=cia  tal como a Canaanita  era con&ecedora de grande e #ro!undos con&ecimentos esot1ricos, religiosos e m=sticos, sendo as mais con&ecidas das suas cidades aquelas mencionadas na 6=blia, ou se0a iro, S=don e 6iblos8 Os deuses !en=cios !oram adorados tamb1m #elo rei &ebraico Salom%o, que se diz ter !icado  tal como Ci#riano  detentor dos seus segredos, e assim ter sido o mais #r*s#ero rei do seu tem#o8 Ser'e isto #ara e-#licar o meio &ist*rico e religioso em que Ci#riano 'i'eu, e que l&e #ermitiu ter acesso aos grandes segredos m=sticos dos "en=cios, dos seus deuses e das suas #rticas esot1ricas e religiosas8 saoci#rianoPor 'olta dos seus 45 anos, Ci#riano encontra3se estabelecido na 6abil*nia, onde encontra a bru-a 'ora8 +studando com ela, Ci#riano desen'ol'e as artes da bru-aria segundo as tradi2ndalos e lu-.ria, como #ela  #ratica da mais #oderosa bru-aria, 9 que a#rendeu tanto nos tem#los das Deusas da !ertilidade, como com a !amosa 6ru-a 7'ora;, como #elos muitos milagres que !ez de#ois de se con'erter ao cristianismo, 9 o que o le'ou a ser um dos mais bem sucedidos e'angelizadores do seu tem#o;, e #or ultimo #ela sua morte como mrtir em nome da "18 Contam as lendas que S%o Ci#riano, atra'1s dos con&ecimentos obtidos com a bru-a 7'ora, ter !eito um #acto com um dem*nio8 Por causa desse #acto, S%o Ci#riano ter3 se3ia entregue a uma 'ida de lu-.ria e #ecado, #or !orma a satis!azer o dem*nio, entregando belas mul&eres  #erdi2%o e #er'ers%o das sedu2nica ?O li'ro da 6ru-a ou a "eiticeira de 7'ora@, que segundo a tradi2%o !oi mestra de Ci#riano, e ?O :i'ro do "eiticeiro At&ansio@, que !oi disc=#ulo de Ci#riano8 0EITI1OS Alcan2ando resultados que ci/ncia n%o consegue e-#licar mas que tem dado #ro'as de sucesso ao longo dos s1culos, a "eiti2aria sobre'i'eu s #ersegui2nicas sem qualquer segredo 'erdadeiramente magico 3 Necromancia ou +s#iritismo realizar 'iagens astrais, contactar com os mortos, etc Z3 Sincronicidade alcan2ar a sorte ou dar o azar, assim como a leitura das simbologias daquilo a que c&amamos de coincid/nciasJ, mas que na realidade n%o o s%o #orque tais n%o e-istem8 U3Pro!etiza2%o inscre'er na alma de algu1m um determinado rumo de 'ida, tal como quem marca a !erro e !ogo a carne de um animal8 al como o s=mbolo !icar marcado na #ele do animal #ara sem#re, tamb1m a #ro!ecia !icar inscrita na alma da #essoa que ter assim um destino tra2ado #ara o bem ou #ara o mal8 Se !or #ara o bem a #ro!etiza2%o c&ama3 se b/n2%oJ, se !or #ara o mal a #ro!etiza2%o c&ama3se maldi2%oJ8 A #ro!etiza2%o tamb1m #ode ser usada #ara unir ou a!astar #essoas, #ara a0udar ou #re0udicar, #ara sal'ar ou condenar, etcV sendo que acaba #roduzindo e!eitos anlogos aos da magia emocional , natural, e curadeirista8 Cada um destes U ti#os de e!eitos de !eiti2os, #ossui os seus #r*#rios !eiti2os e contra3 !eiti2os8 O 0AMALI2 A cria2%o de um "amali, ou diabin&o da garra!a, 1 uma Prtica muito #o#ular no 6rasil e em Portugal, mas antes de e-#licar essa #rtica  luz da Magia do Caos, e-#on&o antes dois te-tos muito #o#ulares na internet ?De#ois de alguns anos de cotidianas 'isitas aos #oleiros, a!inal o candidato a #osse de um !amali encontra um o'o de galo 9&erma!rodita;8 oma3o com cuidado e es#era a quaresma entrar8 +, na #rimeira se-ta3!eira, dirige3se #ara uma encruzil&ada, onde  #ermanece at1 que os 'entos das &oras mortas c&egam a so#rar3l&e o rosto8 Nesse momento, ent%o, coloca o o'o debai-o do bra2o esquerdo, ruma #ara casa e deita3se na cama8  est com !ebreY Ao !im de quarenta dias, #recisamente W meia3noite, sente #artir o o'o, dele saindo um ca#etin&a de quinze a 'inte cent=metros de altura, o !amali, que 1 logo encarcerado numa garra!a #reta e conser'ado em segredo8  No correr da 'ida, o diabin&o a0uda seu #adrasto, dando3l&e din&eiro, mas animando3o nos '=cios8 De#ois, carrega3l&e a alma #ara o reino das tre'as8 H !azendeiros norte3mineiros, do 'ale do rio S%o "rancisco, moradores no munic=#io de anuria, que #ossuem ele'ado n.mero de !amalis, todos muito bem guardados8 Com e!eito, s* #acto com o dem)nio 0usti!icaria o a#arecimento de suas !ortunas e as maneiras esdr.-ulas que assinalam seus atos na 'ida social8@ Martins, Saul8 KO !amaliK8 Diário de Minas8 6elo Horizonte, 4T de dezembro de TU5; [ ?"amali nos sertnica do "amali ou diabin&o garra!a, cito um trec&o do :i'ro SS, de `rEstos MeEer  Na idade m1dia &a'ia uma cren2a de que as bru-as e bru-os  #ossu=am es#=ritos de dem)nios dados a eles #elo diabo em  #essoa8 7 uma coisa um tanto quanto c)mica, mas, como toda !orma de lenda, guarda um sentido8 O tem#o todo nossas mentes est%o se concentrando em determinadas coisas, a maior #arte do tem#o em coisas nada  boas, e isto 1 um !ato8 + esta concentra2%o cria mudan2as na ?atmos!era #s=quica@, #ro0etando o que se costuma c&amar de +lementais8 Os +lementais s%o constru2nica do #acto com o Dem)nio #raticado na cultura #o#ular, essa 1 a e-#lica2%o mais con'incente que eu encontrei na net Kamos l, o pri&iro passo + /riar ' $ia4o %&n$o & 5is%a 6'& o $i%o /'7o não &8is%&, como cri3loF Aqui 'ai a receita A #essoa tem que conseguir um o'o que dele nascer um diabin&o de T W a#ro-imadamente L5cm8 Com um detal&e, trata3se de um o'o rar=ssimo, muito caro e di!=cil de encontrar8  N%o se trata de um sim#les o'o de galin&a, mas de um o'o es#ecial8 em de ser um o'o de galin&a #reta e a #essoa tem de tomar conta da galin&a eis que ela tem de ser 'irgem, isto 1, n%o #ode ser galada, o ideal 1 que essa #essoa ande com a galin&a 0unto de si at1 que ela #on&a o o'o8 Da= na #rimeira se-ta !eira a#*s conseguir o o'o, a #essoa 'ai at1 uma encruzil&ada , W meia noite, com o o'o debai-o do bra2o esquerdo, a#*s #assar o &orrio retorna #ara casa8 De#ois de 5 dias a#ro-imadamente c&ocando esse o'o debai-o do bra2o, sem tomar  ban&o, nascer o diabin&o8 A #essoa ent%o, coloca3o logo na garra!a e !ec&a, bem !ec&ado, le'a #ra casa888 [ O SU(-PANTEÃO CIPRI9NICO A Magia de S%o Ci#riano est cercada de uma mitologia #r*#ria, com a #rinci#al in!lu/ncia da mitologia cat*lica, todos os !eiticeiros que #raticam Cipriano Magick  recorrem a certas entidades da cultura #o#ular, criou3se uma es#1cie de sub3#ante%o8 +stas egr1goras s%o basicamente #ertencentes a mitologias crist%, que geram uma certa anti#atia #or #arte dos Magos do Caos e ocultistas em geral, #ois a maioria dos magos '%o #re!erir trabal&ar com Deuses :o'ecra!tianos, ou Deuses eg=#cios do que com Santos Cat*licos8 Mas como eu sou  Kaotólico Bucólico Romano, n%o 'e0o nen&um #roblema em trabal&ar  com egr1goras crist%s8 Os Santo cat*licos re#resentam os mesmos arqu1ti#os dos deuses Greco3Romanos8 No in=cio do cristianismo, 'rios santos !oram sincretizados com Deuses 9e 'oc/ ac&ando que s* e-istia o sincretismo nos cultos a!ro;, #or e-em#lo ^eus !oi sincretizado com S%o Pedro 91 #or isso que ele 1 res#ons'el #elo c1u;, A#ollo !oi sincretizado com S%o Paulo e Cibele !oi sincretizada com a irgem Maria8 oc/ tamb1m #ode usar o sincretismo #ara realizar seus trabal&os com di'indades que  #ossuem o mesmo arqu1ti#o do santos, 'oc/ #ode sincretizar +ros com S%o alentim, Hermes com Santo +-#edito, Ares com s%o orge, en!im, use sua criati'idade8 Abai-o listei as #rinci#ais di'indades do sub3#ante%o Ci#ri>nico 9ac&ei desnecessrio citar s%o Ci#riano e a 6ru-a de 7'ora; :&s's Cris%o O !il&o de Deus, o nosso sal'ador, o Cristo, o cordeiro de Deus, etc8 esus !oi um dos maiores !eiticeiros da antiguidade realiza'a curas milagrosas, con'ersa'a com es#=ritos, !azia #re'is