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Patologias Construtivas Organização: Professor Edgard T. Dias Do Couto.

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO: DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS, AGENTES, DOS MECANISMOS DE FORMAÇÃO E DA GRAVIDADE POTENCIAL DOS SINTOMAS. PROGNÓSTICO: CONJECTURA ACERCA DA DURAÇÃO, EVOLUÇÃO OU TÉRMINO DO PROBLEMA. TERAPIAS: CONJUNTO DE MEDIDAS DESTINADAS À SANAR O PROBLEMA PATOLÓGICO.

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    May 2018
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1 PATOLOGIAS CONSTRUTIVAS Organização: Professor Edgard T. Dias do Couto2 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃODIAGNÓSTICO: DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS, AGENTES, DOS MECANISMOS DE FORMAÇÃO E DA GRAVIDADE POTENCIAL DOS SINTOMAS. PROGNÓSTICO: CONJECTURA ACERCA DA DURAÇÃO, EVOLUÇÃO OU TÉRMINO DO PROBLEMA. TERAPIAS: CONJUNTO DE MEDIDAS DESTINADAS À SANAR O PROBLEMA PATOLÓGICO.3 Taipa de pilão É permeável: as construções com terra crua são permeáveis e estão mais suscetíveis às águas, sejam pluviais, do solo ou de instalações. Para sanar esse problema é necessária a proteção dos elementos construtivos: seja com detalhes arquitetônicos ou com materiais e camadas impermeáveis. Esboroamento da taipa de pilão Sulco - acompanhando o nível do solo externo, deixado pelo escoamento de águas pluviais. Esse fato justifica a utilização de grandes beirais na arquitetura tradicional de taipa. Pelo mesmo motivo, as construções em taipa costumavam ser edificadas sobre um patamar, o que impedia a agressão das águas oriundas de enxurradas. Canal de drenagem para proteção da taipa, evitando-se a ocorrência de umidade ascendente.4 Erosão - na presença de água tanto do subsolo quanto da superfície ou da chuva. Quando protegida contra as intempéries, a taipa possui muita durabilidade, que pode ultrapassar três séculos, como, por exemplo, a das casas bandeiristas Paulistas. Não é um material de construção padronizado: sua composição depende das características geológicas e climáticas da região. Podem variar composição, resistências mecânicas, cores, texturas e comportamento. Há retração: o solo sofre deformações significativas durante a secagem gerando fissuras e trincas.5 DIVERSAS ALVENARIAS Trincas na estruturaUma grande preocupação deve ser com as trincas estruturais, em lajes, vigas, pilares  e em alvenarias que suportam o peso de lajes sem a existência de pilares e/ou colunas.    Problemas de fundações, terrenos e vibrações no solo causadas por obras em execução nas vizinhanças podem provocá-las.      As trincas inclinadas a 45º são umas das mais perigosas em estruturas, embora não possam ser descartados os perigos dos demais tipos de trincas, devendo ser acompanhada a evolução destas trincas. DIVERSAS ALVENARIAS Trincas na estrutura Imagem: engenheiro Roberto Massaru Watanabe Corrosão nas estruturas de concreto armado Infiltrações Problemas em pisos, revestimentos e esquadrias6 Alvenarias de tijolos (água e chuva)mofo - é o desenvolvimento de fungos que irão causar deterioração dos materiais (apodrecimento de madeiras e desagregação de revestimentos e alvenaria); manchas - é a saturação de água nos materiais sujeitos a umidade tendo como conseqüência o aparecimento de manchas características e posterior deterioração; eflorescência - é formação de sais solúveis, que se depositam nas superfícies dos materiais, carreados do seu interior pela umidade que os atravessa, formando manchas brancas ou em outras situações aumentando de volume, na forma de estalactites. Estes sais estão presentes nos tijolos, no cimento, na areia, no concreto, na argamassa etc.; criptoflorescência - também são formações salinas de mesma causa e mecanismo que as eflorescências, mas que formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura, vindo aumentar muito de volume e causando a desagregação dos materiais.7 Criptoflorescência Talquificação Colônia de fungos8 Umidade Ascendente Umidade Descendentea)Pressão Hidrostática - que ocorre devido à pressão exercida por um determinado volume de água confinada e permeia através de fissuras, trincas e rachaduras das estruturas e dos materiais; b) Percolação - a água escoa por gravidade livre da ação de pressão hidrostática, situação muito comum em lâminas de água sobre terraços e coberturas; c) Capilaridade - que ocorre através dos poros dos materiais, pela ação da chamada tensão superficial, onde a situação mais características é a presença de umidade do solo que se eleva no material, em geral 70 a 80 cm; d) Condensação - que ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no ambiente. Umidade Ascendente Umidade Descendente9 UMIDADE ASCENDENTE Lençol freático e vazamentos10 Umidade Descendente e AscendenteTijolo mal queimado, revestimento perde a aderência Emboço perdeu coesão11 AÇÃO FÍSICA: Temperatura (SOL,FRIO E FOGO)e Ação Eólica (abrasão) decorrente de elementos como poeira e demais elementos particulados (poluição) Erosão decorrente da expansão e contração do material (plasticidade). Biodegradação: vegetais superiores (raízes – ação mecânica e demais microorganismos Vandalismo: ação humana Matéria em movimento: desgaste mecânico, impacto, ondas ou vibrações mecânicas (trepidação ocasionada por veículos)12 Deterioração da fiação de energia elétricaIncêndio13 Chuva Ácida A queima de carvão, de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água, resultando em chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. As chuvas, ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.14 MADEIRA Infestação de fungos e bactérias;Insetos isoptéros (térmitas ou cupins); Insetos coleópteros (besouros); Brocas marinhas (moluscos e crustáceos); Animais roedores (ratos). Teredinídeos ou teredos pequenos moluscos invertebrados, que comem madeira. Fungos Emboloradores Ascomicetos, deuteromicetos.15 CUPINS Na parte superior o alado, pronto para a revoada. É também chamado de siriri ou aleluia. É o cupim adulto, que tem o aparelho reprodutor vá desenvolvido. Na parte inferior, à esquerda, um cupim operário e à direita um soldado. O soldado é caracterizado pela cabeça avantajada para sustentar uma mandíbula  grande o suficiente para a função de defesa. Como o nome indica, os cupins de madeira seca são os cupins que fazem o ninho na própria madeira seca, ou seja, toda a colônia encontra-se na madeira seca que, ao mesmo tempo, serve de abrigo e de alimento. O cupim subterrâneo, por sua vez, faz o ninho no solo, geralmente próximo a uma fonte de umidade ou alimento. Assim, diferente dos cupins de madeira seca, os cupins subterrâneos saem do ninho em busca de alimento. Um dos sinais típicos de ataque de cupins subterrâneos são os caminhos que eles fazem sobre superfícies de alvenaria ou outro material. Feitos de terra, fezes e saliva, estes cupins constroem verdadeiros túneis que os protegem de predadores.16 Quando a infestação é de cupins de madeira seca, a retirada da madeira atacada do ambiente ou sua destruição resolve o problema Quando um piso de cimento impede o acesso ao solo para o estabelecimento de uma barreira química ao redor, ou dentro de uma estrutura, é necessário furá-lo para a posterior injeção do produto através dos furos. O tratamento por fumigação envolve o isolamento total do bem a ser tratado. No ilustração ao lado, todo um imóvel está sendo isolado para tratamento com gás.17 ATAQUE CUPINS EM MADEIRAS18 PEDRAS Ataque de anidridos de poluição – CO2 (DIÓXIDO DE CARBONO);Infiltração de água de chuva e umidade; Mudanças bruscas de temperatura; Mau uso ou conservação; Fenômenos decorrentes da abrasão (atrito) e friablidade (“esfarinhamento” ou desagregação da estrutura molecular da pedra); Ataque de fungos.19 DESGASTE DA PEDRA Colonização biológica – algas e pequenas plantas“Câncer” da pedra Chuva ácida. Colonização biológica – algas e pequenas plantas20 Processos extrínsecos (de fora para dentro)ALGUMAS PATOLOGIAS DO CONCRETO Processos extrínsecos (de fora para dentro) Falhas humanas (projeto); falhas humanas durante a utilização do edifício (alterações estruturais, sobrecargas exageradas, alterações nas fundações) Ações físicas: variação de temperatura com contração e dilatação térmica, gerando diferentes estágios de tensão na estrutura. Ações químicas: carbonatação do concreto (ação dissolvente do anidrido carbônico presente na atmosfera, ou de água ou sais marinhos, por exemplo. Ação do fogo: colapso das armaduras metálicas. Ação humana: má compreensão do projeto ou erro na confecção das formas, entre outros.21 Processos intrínsecos (concreto):Fissuração: em decorrência, entre outros, da perda de aderência entre as barras de aço das armaduras e o concreto, ou movimentação das estruturas de escoramento e/ou fôrmas. Retração e contração plástica: evaporação rápida da água utilizada em excesso. Lixiviação do concreto Corrosão das armaduras: por ação química ou aliada aos esforços mecânicos. Desgaste ou fadiga do concreto: com a desagregação do seu monolitismo.22 ALGUMA PATOLOGIAS EM METAISCorrosão (mudança de textura) com formação de pós e crostas e aparecimento de pequenos orifícios (agentes; água, elementos químicos e elementos em suspensão na atmosfera); Oxidação - é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade. No aço, chama-se ferrugem e causa o aumento considerável de volume das barras desagregando o recobrimento, expondo as armaduras a mais ataques externos (substâncias alcalinas mudando o PH – potencial de hidrogênio do metal; Ataque ou ação biológica: dejetos corrosivos (fezes de pomba, por exemplo). Ação eólica: decorrente da maresia (salinidade).23 oxidação - é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidadeoxidação - é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade. No aço, chama-se ferrugem e causa o aumento considerável de volume das barras desagregando o recobrimento, expondo as armaduras a mais ataques externos;24