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Qualidades Do Orisá Obá

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Qualidades do Orixá Obá Obá é uma grande guerreira, e foi uma das três esposas de Xangô. Conta a sua lenda que foi no seguimento de uma querela com Oxum, e com o intuito de obter a preferência de Xangô que ela cortou a orelha esquerda e, com ela, temperou um amalá para o seu esposo, pois Oxum a havia convencido de que fazendo isso, certamente ela iria conseguir o seu objetivo. O resultado foi contrário, pois Xangô detestou encontrar a orelha da esposa na sua comida e também a sua mutilação. Obá passou então a esconder a mutilação com a mão esquerda, com o seu escudo, ou também com um turbante. Obá se vinga de Osun entornando sobre seus pés um caldeirão de dendê fervendo, por isso que dizem que se conhece uma pessoa de Osun pelos pés. Lendas à parte, Mãe Obá representa o lado esquerdo preeminente feminino, ligada as Iyamís, ostenta seu poder apontando com a mão esquerda em riste na direção de sua orelha esquerda e com a mão direita empunha como num coice sua espada, es pada, dança esplendidamente. Chefe da sociedade Elekô e Gueledé onde homem não entra guerreira amazona, padroeira da Guerra. Obá é da água barulhenta dos rios, do fogo e da terra. 6 são as qualidades de Obá. - Obá Gìdéò - Obà Syìó; - Obà Lòdè; - Obà Lóké; - Obà Térà; - Obà Lomyìn; - Obà Rèwá. Em qualquer das suas qualidades ou nomes pelo qual é conhecida, é uma guerreira destemida, mas ressentida. Veste-se de vermelho, branco e amarelo. Carrega ofá, espada e escudo. Gosta de acarajé de formato único, aberém, feijão fradinho, cabras, galinhas, coquéns e seu amalá é especial. Recebe culto às quartas-feiras e os seus filhos são em pequeno número. Obá Orixá do rio Níger. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá, Xangô e Orunmilá. Obá é irmã de Iansã, foi esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Sangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada e um escudo. Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios, e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse um Sangô fêmea. Obá e Ewá são semelhantes, são primas. Obá usa a festa da fogueira de Xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de Xangô mais fieis a ele. Obá é Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Características Cor Vermelha encarnado, (marrom rajado), marrom e amarelo, rosa, vermelho e branco Fio de Contas Ervas Candeia, negamina, folha de amendoeira, ipoméia, mangueira, manjericão, rosa branca. Símbolo ofangi (espada) e um escudo de cobre Pontos da Natureza Rios de águas revoltas, Nevoa, Pororoca, Corredeiras e Cachoeiras, Água turva, Água parada, Flores Essências Pedras Marfim, coral, esmeralda, olho de leopardo. Metal Cobre Dia da Semana Quarta-feira Elemento Fogo Saudação Obá xirê ou Obá Xiré ou Obá Xí Bebida Animais Galinha d’angola Comidas Abará - massa de feijão fradinho enrolado em folhas de bananeira; acarajé e quiabo picado. Data Comemorativa 30 de maio. Sincretismo Santa Joana d'Arc, Santa Catarina de Alexandria, Incompatibilidades Sopa, peixe de água doce.  Identificada no jogo do merindilogun (Buzios) pelos odus odi,obeogunda e ossá. Atribuições Defende a justiça, procura refazer o equilíbrio. Lendas De Obá OBÁ — Orixá Guerreira e Das Águas Revoltas! Obá vivia em companhia de Osum e Iansã, no reino de Oyó, como uma das esposas de Sangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei entre as duas Yabás (Orisás femininos). Obá percebia o grande apreço que Sangô tinha por Osum, que mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferências do Rei, sempre servindo e agradando aos seus pedidos. Obá resolveu então, perguntar para Osum qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferência do amor de Sangô, vez que Iansã andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obá era sempre desprezada e deixada por último na lista das esposas de Sangô. Osum então, matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Sangô principal comida do Rei, que lhe servia sempre que se desejam bons momentos ao lado do patrono da justiça. Obá, como uma menina ingênua, escutou e registrou todos os ingredientes que Osum falava, sendo que por fim Osum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas na mistura do amalá para enfeitiçar Sangô. Obá agradeceu a sinceridade de Osum e saiu para fazer um amalá em louvor ao Rei, enquanto Osum, ria da ingenuidade de Obá que, sempre atenta a tudo, não percebeu que Osum mentira, pois ela encontrava-se com suas duas orelhas, e falará isso somente para debochar de Obá. Obá em grande sinal de amor pelo seu Rei preparou um grande amalá, e por fim cortou uma de suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Sangô como gesto de seu sublime amor. Sangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obá na mistura, e esbravejou e gritou. Osum e Obá, apavoradas, fugiram e se transformaram nos rios que levam os seus nomes. No local de confluência dos dois cursos de água, as ondas tornam-se muito agitadas em consequência da disputa entre as duas divindades. E, até hoje quando manifestadas em seus iaôs elas dançam simbolizando uma luta. Conta e lenda que Obá, repudiada por Xangô, vivia sempre rondando o palácio para voltar. A Luta de Obá e Ogum Obá certa vez desafiou Ogum para um combate. O guerreiro, porém antes da luta foi consultar um Babalawô, que o ensinou a fazer uma pasta de milho e quiabo pilados. Ogum esfregou esta pasta no local destinado ao combate. Obá perdeu o equilíbrio, escorregou e caiu no chão. Ogum aproveitou-se disso e ganhou a luta. Segundo suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exú, Oxumarê, Omolú e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por Ogun e tornando-se assim sua esposa. Ao lado de Ogun, quando este foi enfrentar Xangô em batalham ela se encantou por Xangô e abandonou a luta ao lado de Ogun e se entregou a Xangô como mulher vivendo uma grande paixão. Obá nunca havia visto alguém como Xangô, ela via nele tudo o que sonhava para si. Existem algumas versões do grande encontro de Xangô e de Obá, em uma dessas versões ela é a líder de todas as mulheres e a rainha de Elekô, mas em todas, as evidências dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava a relação dos dois, da união dos dois nasceu Opará, Orixá confundida com Oxum. Xangô e Obá A união de Sangô e Obá transcorre um culto nos arredores da cidade de Elekó. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto. (porém no Brasil esta sociedade passou a cultuar egungun). Deste modo, obasy é a senhora da sociedade lesse-orisa. Que possui como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual. Nenhum homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida. Certo dia, em uma das noites de culto, Sangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá. Quando percebe, ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá. Sangô era muito curioso e não se conteve aproximando-se da cena, ficando a espreita. Sangô encantou-se com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira. No momento de distração, Sangô foi percebido e cercado pelas mulheres, foi levado a presença da grande deusa, que lhe falou o preço que haveria de pagar por sua audácia em violar o culto sagrado de Elekó. Mas a própria Obá que se encantou com a inigualável beleza de Sangõ apaixonandose de imediato, relutou em aplicar a sentença de morte e usou de sua supremacia no culto para ditar novas regras, dando nova chance a Sangô: "Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte" Sangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado. A cerimônia de união de Sangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elekó. Foi o inicio de uma grande paixão, nunca se viu tanto amor. A deusa guerreira e justiceira que pune os homens que maltratam as mulheres descobriu um sentimento novo por um homem além do ódio. Descobriu todo o amor que um homem pode dar. A grande rainha de Elekó, a rainha de Sangô aprendeu a amar e ser amada. Nasce dessa grande paixão, uma criança, uma menina, nasce Opará, nasce a mais bela, justiceira e feroz guerreira. Herdou o melhor do pai e da mãe e prosseguiu com o culto Embora, em suas lendas, Obá tenha se transformado em um rio ela também é relacionada ao fogo e é considerada por muitos como “o S angô fêmea”. Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o coronário inevitável do amor, portanto, Obá é a deusa do Amor e da Paixão incontrolável, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama. Obá é a deusa da guerra e do poder, seu culto está relacionado ao rio Obá, as águas em seu culto faz referência ao poder, a força incontrolável das águas. Seu culto no Brasil é confundido ao de Oyá, alguns chegam a insinuar que elas sejam irmãs, o que é uma inverdade, outros dizem que Obá seria uma Oyá mais velha, o que é mais absurdo ainda. Por existir esta confusão, alguns acreditam que Oyá além de ser uma divindade da água e relacionada ao vento, teria ligação com o fogo, mas Oyá não possui ligação com o fogo Obá sim. Obá quando em fúria transborda, agita-se; Obá é a senhora da sociedade Elekô. Tudo relacionado à Obá é envolto em um clima de mistérios. Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugan. Obá era cultuada como a grande Deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Ìya Agbà e mantém estreitas relações com as IyáMi. Obá é a Iyámi Egbé, ela é a Iyá Abiku, desta forma é ela a encarregada de enviar ao mundo as crianças que nascem como castigo para seus pais. O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas. Ela assim como Xangô é a representante suprema da ancestralidade feminina. Orixá, embora feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Xangô e Orumilá. Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá. Ela também controla o barro, água parada, lama, lodo e as enchentes. Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos. É também a dona da roda. Obá troca um palácio e todas as riquezas do mundo por uma frase: "Eu te amo". Links com toques de Obá: http://www.youtube.com/watch?v=sGm_h50iCqk http://www.youtube.com/watch?v=x7aejmJ8GZ0 http://www.youtube.com/watch?v=y0NIi0wtoic http://www.youtube.com/watch?v=zMG4PPpNTdo