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Sifao Invertido

sifão invertido

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17/09/2017 Universidade Federal da Paraíba Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Enge nharia Civil e Ambiental SIFÃO INVERTIDO Sistemas Sistemas de Esgoto e Drenagem Drenagem - 1703217 Prof. Leonardo Vieira Soares Introdução  Necessidade de transpor obstáculos Estes obstáculos podem ser: rios, córregos, galerias de águas pluviais, adutoras, linhas de metrô, galerias galerias de cabos elétricos ou de comunicação etc.  Alternativas para transposição do obstáculo: • Por recalque → uso de estação elevatória de esgoto. • Por gravidade → aprofundando a tubulação mantendo escoamento livre. • Por Sifão Invertido → “aprofundar a tubulação e, após o obstáculo, elevá-la novamente até atingir uma cota apenas ligeiramente inferior à cota da tubulação logo a montante do obstáculo (escoamento forçado).” forçado).” 2 1 17/09/2017 Introdução Sifão Invertido – Planta e Corte. Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho (1999), pg. 202. 3 Introdução Sifão Invertido – Planta e Corte. Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho (1999), pg. 203. 4 2 17/09/2017 Hidráulica do Sifão Invertido  Escoamento por gravidade em conduto forçado ( seção plena Y/D =1 );  Nível de água na câmara de entrada é superior ao da câmara de saída (diferença é a perda de carga total entre elas);  Cálculo da perda de carga distribuída;  • Fórmula Universal: K = 2 mm • Fórmula de Hazen-Williams: C = 100 • Fórmula de Manning: n = 0,015 Cálculo da perda de carga localizada: Onde: DHL: perda de carga localizada, m; KS: somatório dos coeficientes de perda de carga localizada; v: velocidade média na seção, m/s; g: aceleração da gravidade, m/s2. 5 Hidráulica do Sifão Invertido Perda de Carga em Sifão Invertido. Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho (1999), pg. 205. 6 3 17/09/2017 Parâmetros para Dimensionamento  Critério de Velocidade Mínima • Para Tsutiya e Além Sobrinho (1999):  v ≥ 0,90 m/s (vazão máxima horária de um dia qualquer);  v ≥ 0,60 m/s (vazão média). • Para Nuvolari et al. (2003):  vi ≥ 0,60 m/s (Q i = K2 . Pi . qe . C/86.400)  vf  ≥ 0,90 m/s (Q f  = K2 . Pf  . qe . C/86.400) Considerar v ≥ 0,60 m/s (para vazão média desde o ano inicial de operação).  Velocidades máximas  evitar perdas de carga excessivas: Para Tsutiya e Além Sobrinho (1999): v ≤ 3,0 m/s. • Para Nuvolari et al. (2003): v i ≤ 1,5 m/s (qualquer caso). 7 Parâmetros para Dimensionamento Diâmetro mínimo: é recomendável que o diâmetro mínimo do sifão invertido seja igual ao diâmetro mínimo do coletor de esgoto; Para Tsutiya e Além Sobrinho (1999):  f ≥ 150 mm Para Nuvolari et al. (2003):  f ≥ 100 mm Número de Tubulações: Mínimo de 2 (duas) tubulações (isolamento de uma quando for realizado reparos e desobstruções). Quando há grande variação de vazão, definir quantidade de tubulações que garanta às velocidades mínimas. Segundo Prof. Carlos Fernandes da UFCG:  Q máx/Q mín > 5 (mínimo 3 tubulações). 8 4 17/09/2017 Perfil do Sifão Definição em função: Perdas de carga; Facilidade de limpeza; Condições locais e disponibilidade de espaço; Importante projetar sifões com ângulos suaves. Tipos de perfis de Sifão Invertido. Fonte: Tsutiya e Alem Sobrinho (1999), pg. 207. 9 Câmaras Visitáveis Projetado com duas câmaras visitáveis, sendo uma de montante ou de entrada, e outra de  jusante ou de saída.  .    9    6  .    g    p  ,     )    3    0    0    2     (  .     l    a    t    e    i    r    a     l    o    v    u    N    :    e    t    n    o    F  .    o     d    i    t    r    e    v    n    I    o    ã     f    i    S 10 5 17/09/2017 Câmaras Visitáveis Câmara de Montante – Controle de vazão por STOP-LOG. 11 Câmaras Visitáveis Câmara de Montante – Controle de vazão por VERTEDOR LATERAL. 12 6 17/09/2017 Câmaras Visitáveis Câmara de Jusante – Controle de vazão por STOP-LOG. 13 Ventilação Ventilação. Fonte: Tsutiya e Além Sobrinho (1999). 14 7 17/09/2017 Uso de Extravasores e Materiais  Pode-se prever uma   canalização extravasora na câmara de montante, com cota suficiente para o lançamento de esgotos no rio. Porém, deve-se observar as questões de manutenção da qualidade do rio em questão.  Materiais: Tubos de Ferro Fundido; Concreto Armado; Aço e PVC. 15 Exemplo: Projeto de um sifão invertido  Elaborar um projeto de sifão invertido a partir dos seguintes dados: As vazões afluentes ao sifão ao longo dos anos, será de acordo com os valores mostrados na figura ao lado. IMPLANTAÇÃO ETAPA 1 ETAPA 2 16 8 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido a) Vazões do Projeto VAZÕES (l/s) ETAPAS MÉDIA (Q) Máxima horária de dia qualquer Máxima Implantação 80 111 130 1 (após 10 anos) 200 283 336 2 (após 20 anos) 328 446 534 b) Comprimento do Sifão: L = 40 m c) Características do coletor que aflui ao sifão - Diâmetro de 800 mm - I = 0,0036 m/m - Cota de soleira do coletor afluente (geratriz inferior interna) = 384,00 m 17 Exemplo: Projeto de um sifão invertido SOLUÇÃO: 1. Número de tubulações - Sifão será projetado para 3 tubulações: Tubulação 1  atenderá a etapa imediata Tubulações 1 + 2  atenderá a primeira etapa (após 10 anos) Tubulações 1 + 2 + 3  atenderá a segunda etapa (após 20 anos) 2. Critério adotado para dimensionamento das tubulações ( ) 1º Para vazão média: v ≥ 0,60 m/s 2º Para vazão máxima de um dia qualquer: v ≥ 0,90 m/s 3. Diâmetro da Tubulação 1 ( 1) Atender a etapa imediata  Q 1 = 80 l/s S1 = Q 1/v = 0,080/0,60 = 0,133 m2 D1 = (4.S1/p)1/2 = (4x0,133/p)1/2 = 0,412 m  DN1 400 FoFo v = Q 1/S1 = (0,08/(p.(0,4)2/4) = 0,64 m/s Pelo 2º critério, adotando-se v = 0,90 m/s para vazão máxima horária de um dia qualquer.  S1 = 0,123 m2  DN1 400. 18 9 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 4. Diâmetro da Tubulação 2 ( 2) Atender a 1ª Etapa  Q med = 200 l/s  Q 2 = 200 – 80 = 120 l/s S2 = Q 2/v = 0,120/0,60 = 0,200 m2 D2 = (4.S2/p)1/2 = (4x0,200/p)1/2 = 0,505 m  DN2 500 FoFo v = Q 2/S2 = (0,120/(p.(0,5)2/4) = 0,61 m/s Pelo 2º critério, adotando-se v = 0,90 m/s para vazão máxima horária de um dia qualquer, Q 2 = 283 – 111 = 172 l/s  S2 = 0,191 m2  DN2 500. 5. Diâmetro da Tubulação 3 ( 3) Atender a 2ª Etapa  Q med = 328 l/s  Q 3 = 328 – 200 = 128 l/s S3 = Q 3/v = 0,128/0,60 = 0,213 m2 D3 = (4.S3/p)1/2 = (4x0,213/p)1/2 = 0,521 m  DN2 500 FoFo v = Q 3/S3 = (0,128/(p.(0,5)2/4) = 0,65 m/s Pelo 2º critério, adotando-se v = 0,90 m/s para vazão máxima horária de um dia qualquer, Q 2 = 446 – 283 = 163 l/s  S3 = 0,181 m2  DN2 500. 19 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 6. Cálculo da curva característica e a forma de se operar o s ifão 6.1. Perda de carga localizada KS v2/2g Peça Ks Entrada 0,5 2 Curvas de 45o 0,4 Saída 1 KS 1,90 Logo: 1,90 v2/2g 6.2. Perda de carga distribuída Fórmula Universal Tubo de ferro fundido dúctil classe k7, K = 2 mm, L = 40 m, determina-se as perdas 20 de carga totais para os tubos DN 400 e DN 500 (Tabelas a seguir). 10 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido Perda de carga total , em função da vazão para o sifão com DN 400. v=Q/A 1,90 v2/2g 21 Exemplo: Projeto de um sifão invertido Perda de carga total , em função da vazão para o sifão com DN 500. 22 11 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido Curva característica do sifão invertido e suas condições de operação. 23 Exemplo: Projeto de um sifão invertido Variação das velocidades e das perdas de carga nas tubulações do sifão, em função do intervalo das vazões. 24 12 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido Período de Operação do Sifão 25 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 7. Níveis de água na câmara do sifão 7.1. Câmara de Montante Considera-se as vazões que ocasionam as perdas de cargas máximas (0,35 m). Na tabela abaixo, estão determinadas as cotas dos níveis de á gua na câmara de montante para essas vazões. Q/(I)1/2 = 0,150/(0,0036)1/2 = 2,500  (DN 800)  Y/D = 0,30 Y = 0,3 x 0,8 = 0,24  NA = Cota Soleira + Y = 384,00 + 0,24 = 384,24 m. 26 13 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 7. Níveis de água na câmara do sifão 7.1. Câmara de Montante 27 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 7. Níveis de água na câmara do sifão 7.2. Câmara de Jusante O nível de água na saída do sifão é resultante do nivel de água de montante, menos a perda de carga. 28 14 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 7. Níveis de água na câmara do sifão 7.2. Câmara de Jusante 29 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 8. Ventilação Será projetada uma tubulação para a ventilação do sifão a ser localizada na câmara de montante. Seu diâmetro será equivalente a um décimo da tubulações do sifão. 1 f 400  S1 = pD2/4 = p(0,4)2/4 = 0,126 m2 2 f 500  S2 = 2pD2/4 = 2p(0,5)2/4 = 0,392 m2 A área equivalente das tubulações do sifão será de 0,519 m2. Portanto, a área da tubulação de ventilação será de 0,0519 m2 e seu diâmetro será: DV = (4Sv/p)1/2 = (4x0,0519/p)1/2 = 0,257  DNv 250 mm. 30 15 17/09/2017 Exemplo: Projeto de um sifão invertido 31 Bibliografia  Capítulo 4 (Páginas 66 a 72) de NUVOLARI, ARIOVALDO (Coordenador). Esgoto sanitário; coleta, transporte e reúso agrícola. 1ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. 520 p.  Capítulo 6 (201 a 221) de TSUTIYA, MILTON TOMOYUKI & ALEM SOBRINHO, PEDRO. Coleta e transporte de esgoto sanitário. 1ª Edição – São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da universidade de São Paulo, 1999. 548 p. 32 16