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EPI - Equipamentos de Protecção Individual Rui Veiga - HSST 1 DL 441/91  Este diploma indica qual a prioridade da protecção colectiva sobre a individual:  – Medidas de carácter construtivo  – Medidas de carácter organizativo  – Medidas de protecção individual DL 441/91  Este diploma indica qual a prioridade da protecção colectiva sobre a individual:  – Medidas de carácter construtivo  – Medidas de carácter organizativo  – Medidas de protecção individual  Medidas de Carácter construtivo  – Eliminar o risco na origem, na fonte;  – Envolver o risco, isolamento do risco;  Medidas de carácter organizativo exposição ao risco;  – Afastar o homem da exposição  Medidas de protecção individual  – Envolver o homem EPI  Esta última barreira contra a lesão é o Equipamento de Protecção Individual (EPI). O que é um equipamento de protecção individual?  Qualquer equipamento destinado a ser  usado ou detido pelo trabalhador para a sua protecção contra um ou mais riscos r iscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho.  É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a proteger a saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro objectivo de interesse geral para a empresa como, por  exemplo, o uso de uniformes.  Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições regulamentares em vigor. A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores EPI em bom estado: adequados relativamente aos riscos a  prevenir;   que não sejam eles próprios geradores de novos riscos; que tenham em conta parâmetros  pessoais associados ao utilizador e à natureza do seu trabalho.  A regra é um equipamento para cada  pessoa exposta! Se forem fornecidos a um trabalhador vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si.  Se um só EPI servir para vários trabalhadores, será necessário velar   pelo estrito respeito das regras de higiene.   A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização dos EPI se encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas.  A entidade patronal deve organizar  sessões de formação e de treino dos trabalhadores em causa, a fim de garantir uma utilização dos EPI em conformidade com os folhetos de instruções. Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as quais são recomendados e depois de a entidade  patronal ter informado o trabalhador da natureza dos riscos contra os quais o referido EPI o protege.  Como avaliar e apreciar a necessidade do uso de um EPI?  Convém proceder ao estudo das partes do corpo susceptíveis de serem expostas a riscos:  – Riscos Físicos;  – Riscos Químicos;  – Riscos Biológicos.  Por exemplo, um trabalhador cuja tarefa seja efectuada num ambiente em que o nível sonoro é muito elevado e não redutível, designadamente por  medidas colectivas (isolamento das máquinas), encontra-se exposto ao ruído. O orgão-alvo é o ouvido. Em termos de EPI a solução será um  protector auricular. Mas em primeiro lugar devem ser  tomadas outras medidas, como a redução do tempo de exposição ou... a aquisição de equipamento menos ruidoso.    Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança? Rui Veiga - HSST 16  A selecção dos dispositivos (ou equipamentos) de protecção individual (EPI) deverá ter em conta:  – Os riscos a trabalhador; que está exposto  – As condições em que trabalha;  – A parte do corpo a proteger;  – As características do próprio trabalhador; o Ensaio de Dispositivos de Protecção Individual na Empresa   Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível, escolher-se trabalhadores com um critério objectivo de apreciação. É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de mais de um tipo de protecção.  O registo de elementos como: durabilidade, efeito de protecção, comodidade, possibilidade de limpeza, entre outros, é extremamente importante para uma solução definitiva.   A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base numa análise cuidada do posto de trabalho, análise essa em que devem participar  chefias e trabalhadores. A co-decisão conduz a uma maior  motivação para o seu uso. FORMAÇÃO DO UTILIZADOR   Os EPI's são simples? É fácil a utilização correcta de um dado EPI? Para muitos EPI's é necessária uma acção de demonstração, quando são utilizados pela primeira vez. A transferência de informação deve estar  associada à motivação. Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes: 1) - Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de protecção que ele garante? 2) - Qual o tipo de protecção que ele  NÃO garante? 3) - Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a protecção esperada? 4) - Quando se devem substituir as peças de um dado EPI? Principais tipos de protecção individual Rui Veiga - HSST 24 Protecção da Cabeça A cabeça deve ser adequadamente  protegida perante o risco de queda de objectos pesados, pancadas violentas ou projecção de partículas. A protecção da cabeça obtém-se mediante uso de capacete de protecção, o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração.   Protecção dos Olhos e do Rosto   Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a maior  gravidade. As lesões nos olhos, ocasionadas por  acidentes de trabalho, podem ser  devidas a diferentes causas:  Acções mecânicas, através de poeiras,   partículas ou aparas;  Acções ópticas,  através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser;   Acções mecânicas, • Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.   Acções térmicas, devidas a temperaturas extremas.   Acções químicas, através de produtos corrosivos(sobretud o ácidos e bases) no estado sólido líquido ou gasoso; Protecção das Vias Respiratórias A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras,  poeiras.  Protecção das Vias Respiratórias  A protecção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de protecção respiratória - aparelhos filtrantes (máscaras). Protecção dos Ouvidos Há fundamentalmente, dois tipos de  protectores de ouvidos: os auriculares (ou tampões) e os auscultadores (ou  protectores de tipo abafador). Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a intensidade das variações de  pressão que alcançam o tímpano.   Protecção do Tronco O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado em diferentes tecidos. O vestuário de trabalho deve ser  cingido ao corpo para se evitar a sua  prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco.   Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores  A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir  de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos interiormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé. Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores Em certos casos verifica-se o risco de  perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de construção civil) devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respectivo calçado.  Protecção das Mãos e dos Membros Superiores Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria. Daí a necessidade da sua  protecção. O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo contudo de subestimar a sua protecção.   Protecção contra Quedas  Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o cinto de segurança, que poderá ser  reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos associado a dispositivos mecânicos amortecedores de quedas. Protecção contra Quedas O cinto deve ser ligado a um cabo de  boa resistência, que pela outra extremidade se fixará num ponto conveniente. O comprimento do cabo deve ser regulado segundo as circunstâncias, não devendo exceder  1,4 metros de comprimento. 