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Franco_análise De Conteúdo

Uma das melhores obras brasileiras para a introdução em estudos que apliquem Análise de Conteúdo.

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  Maria Laura Puglisi arbosa Franco  Copyright 005 Liber Livro Edltora Ltda. E proibida a reproduqio total ou parcial desta publica~io, por quaisquer meios, sem autoriza~io rPvia, por escrito, da e&tora. Assessoria Edttorial: Walter Garcia Capa e Edttoraqio eletrhica: Marcus Polo R ziarte Impressiio e acabamento: Dados Internacionais de Cataloga@o na l'ublica+io - CIP/Brasil Franco, Maria Laura Puglisi Barbosa. F825 Anilise de conte~do Maria Laura Puglisi Barbosa Franco. - Brasiha, 2 edtqio : hber Lvro Edttora, 2005. 79p. ISBN: 85-9884-332-6 1. Anilise de contelido. 2. Anilise contextual. I. Titulo. CDU 37.012.85 Impresso no Brasil Lber Livro Edltora Ltda. SCLA Quadra 15, Conj. 5 Lote 18/Parte A Guari/DF - 71250-025 - Brasilia-DF Fone/Fax: (61) 3363-8225 e&[email protected]. br CAPITULO 1 13 Algumas idkias sobre as Bases te6ricas da Anilise de Conteudo 13 CAPITULO 2 . . 19 Caractensticas definidoras 9 X polimica conteudo manifesto versus conte6do latente 23 conceit0 de inferhcia 25 CAP~TULO 29 s campos da Anilise de Conteudo 9 delineamento de urn plano de pesquisa 33 UPITULO 4 7 As Unidades de Andlise 7 As unidades de registro 37 As unidades de context0 43 C~PITULO 47 organiza~iio a anilise 7 PrC-Analise 7  CAP~TULO 7 s Categorias de Andlise 57 Categorias criadas priori 8 Categorias niio definidas priori 59 mplicagdes de ambas opgbes 60 Principais requisites para a criaglo de categorias 5 Um Exemplo da utiliza@o da Andlise de A preocupaq50 com a Anilise do Conteiido das Conte6do na realiza o de uma Pesquisa em Educa~Ho 67 mensagens, dos enunciados do discurso e das A pesquisa e seus objetivos 7 informaq6es muito mais antiga do que a reflex50 0s procedimentos a prC-anase e a criagzo de categorias 68 cientifica que se ocupa da formalizaqiio de seus pressupostos epistemol6gicos, te6ricos e de seus 77 procedmentos operacionais. A definiq50 dos simbolos, sinais e mensagens de Deus , marca a prirneira tentativa de responder quest50 c o que essa mensagem significa? , que teve como foco a exegese dos textos biblicos para que fosse possivel compreender e interpretar as metiforas e as paribolas. Para alCm desta maneira de interpretar as mensagens contidas nos textos, cuja tradqiio onginqua, a tradq50 registra alguns casos, geralrnente isolados, em que a anhlise do conteiido das mensagens ou dos enunciados verbais pode ser considerada inadequada. Por exemplo: a pesquisa realizada na Suicia, por volta de 1640, sobre os hmos religiosos, com o objetivo de saber se esses hmos, em niimero de noventa, poderiam ter efeitos nefastos nos Luteranos, foi efetuada uma anilise dos dferentes temas religosos, dos valores neles embutidos, sobre suas modalidades de apariqiio, bem como sobre usa complexidade hguistica (Bardm,1977, p.14). E certo que tais componentes nZo deixam de ser irnportantes  quando se fala do conteiido das mensagens ou dos enunciados expressos por um grupo particular. No entanto, saber se esses hinos poderiam ter efeitos nos Luteranos estamos adentrando em uma nova hensgo da anilise dos conteudos das mensagens, que se localiza no impact0 social que esti duretamente vinculado a uma orientaqiio para a aqgo. Dai os procehentos deveriam ser mais seletivos e melhor planejados e mais adequadamente drrecionados.' Mais recentemente, mas ainda no skulo dezenove, o Franc& Bourbom (1 888-1 892) tentou captar a expressgo das emoq6es e das tendgncias da linguagem. Para isso, trabalhou sobre uma parte da Biblia, o ~xodo, de uma maneira rigorosa, valendo-se, inclusive, de uma classificaqgo temitica e de sua respectiva quantificaqiio. Estava, entgo, aberto o campo da sistematizaqgo da anilise do conteiido das mensagens, de seus enunciados, de seus locutores e de seus interlocutores. Dentre as manifestaq6es do comportamento humano, a expressiio verbal, seus enunciados e suas mensagens, passam a ser vistos como indicadores indispensiveis para a compreensiio dos problemas ligados is priticas educativas e a seus componentes psicossociais. Surge, inicialmente, a Xnilise de Conteiido em uma perspectiva de sondagem de opini6es colhidas, de acordo com os te6ricos da ipoca, a partir de experirnentos muito bem planejados na tentativa de serem os mais objetivos possiveis e de sofisticados procedimentos de coleta. Todavia, como era de se esperar, essas sondagens de opiniGes, que foram Aspectos que discutiremos corn mais dctalhes nos Itens subseqiientes divulgadas pela imprensa e, principalmente, direcionadas aos fatos relativos l Guerra Mundial, redundaram em anilises predominantemente descritivas sem que os fundamentais recursos analiticos e interpretativos fossem incorporados. Por volta de 1930, uma nova pressgo se exerce sobre os estudiosos em metodologia de anilise de conteudo; por um lado, devido ao progress0 das formas de documentaqiio e, por outro lado, devido ao desenvolvimento da lingiiistica aplicada. Apesar de uma considerivel quantidade de trabalhos sobre o tema, a Anilise de ConteGdo mostrou-se, e mostra-se ainda hoje, envolta em muita controvkrsia. Em 1981, Serge Moscovici tentou explicar os fundamentos desta controv0rsia. Dizia ele, ztm dos maiom problemas reside, ustamente, no fato de qze os mitodos de anhlise de contezido se situam nu encru$bada entre os lingiiiistas a Psicologia Social. Esm dm is~@linas, m verdade, se dZo as costas... os lingiiistas a rei~ndicam, orn toda ra~2o; spsi~-dogos assirnilam a lingzagem como zm conjzlnto de indicadores de fenhzenos nZo-lingiiisti6-0s. 'si~*ologia Social se introdq comodamente no camp da sign$~.a@o; a lingiiis'sca n2o ddispo e de ma eoria da comzmcajiio. No entanto, na medida em qtte a anhlise de contezido se interessapela linguugem, 0s lingiiistas reivindicam a ex~iusividade o temtdmo (Moscovici, 1981, p. 172 . Niio pretendemos entrar no iimbito dessa problemitica, o que nos levaria a dscutir o conflito entre lmgiiistas e psicdogos. No entanto, a este respeito, cabe sinalizar um breve comentirio. Aparentemente, a lingiiistica e a anilise de contefido tSm o mesmo objeto: a linguagem. Em verdade, porkm, a distinq2o