Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Principios Basicos De Analise Do Comportamento Part

Principios basicos de Analise do comportamento part

   EMBED


Share

Transcript

  - .Ch m. 1-9.9.019.43 M835p 2007 Autor: .\1oreira. Marcio Borges. Titulo: Principios basicos de analise do I Q I -25419 Ac. 4729 UDI  ::>fTULO 6 Controle de estimulos: o papel do contexto "Qual o sw nome?". Provavelmente voce nao fica dizendo o seu nome o tempo todo. Ha certos momentos nos quais voce emite esse comportamento -dizer seu nome -e outros nao. Ha certos assuntos que voce s6 conversa com seus amigos, outros somente com seus pais, e outros apenas com colegas de trabalho. Em determinadas ocasioes, voce e mais extrovertido e, em outras, mais introvertido. Na ー de algumas pessoas voce e de urn "jeito" e na de outras pessoas voce e de "outro jeito". Por que nos comportamos, as vezes, de formas tao diferentes em ウ diferentes? Essa pergunta e tratada neste capitulo. Vimos ate agora como o que acontece ap6s o comportamento (a conseqtiencia) exerce controle sobre ele. Neste capitulo, voce vera que o que acontece antes do comportamento (ou o contexto em que o comportamento ocorre) tambem exerce controle sobre ele. Lembre-se: dizer que o ambiente exerce controle sobre o comportamento quer dizer apenas que altera a probabilidade de ocorrencia do comportamento. 0 termo "controle de estimulos" refere-se a influencia dos es-tfmulos antecedentes sobre o comportamento, isto e, o efeito que o contexto tern sobre o comportamento. A despeito do principal determinante do comportamento operante ser sua conseqtiencia, ele nao ocorre no vacuo, ou seja, os eventos antecedentes tambern influenciam a probabilidade de ocorrencia de urn comportamento operante. Essa influencia dos estfmulos antecedentes da se pela イ que possuem com as conseqtiencias do responder. Estfmulos associados ao イ aumentam a probabilidade de o comportamento ocorrer, quando apresentados, e os estfmulos que sinalizam a ・ ou a ー diminuem a probabilidade de urn comportamento ocorrer, quando apresentados. 0 estimulo discriminativo. Dizemos que a luz acesa e um estfmulo discriminativo, pais o ratinho s6 pressiona a barra em sua pre ウ  Controle de estim ul os: o papel do contexto Discrimina«;ao operante e operante discriminado Definimos anteriormente comportamento operante como aquele que produz mu dan<_;as no ambiente e que e afetado por elas. Nao nos reportamos, no entanto, ao contexto em que os comportamentos operantes ocorrem. Quando inserimos uma nova varia vel ( o contexto ), passamos a falar sobre os comportamentos operantes discriminados, ou seja, aqueles que, se emitidos em urn determinado contexto, produzirao conseqi.iencias refor<_;adoras. Fizemos referenda, portanto, ao controle do comportamento por eventos antecedentes a ele. Aqueles estfmulos conseqi.ientes cuja apresenta<_;ao aumenta a probabilidade de urn comportamento demos o nome de refor<_;o. Aqueles estimulos que sao apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrencia chamaremos de estimul os discriminati vos. Ao inserirmos este novo termo na contingencia (R -+ C) passamos, entao, a conhecer a unidade basica de analise de comportamento: a contingencia de t res termos (S 0- R -+ C). A maior parte dos comportamentos dos organismos s6 pode ser compreendida corretamente se fizermos referenda ao contexto ( estfmulo discriminativo, simbolizado por 5°, ver Figura 6.1 ), a resposta do organismo e a conseqi.iencia. Por isso, dizemos que a contingenda de tres termos e a unidade basica de analise do comportamento operante. Urn processo comportamental basico dos organismos e a discrimina<_;ao operante, processo no qual respostas especificas ocorrem apenas na presen<_;a de estfmulos especificos. Por exemplo, abrimos uma garrafa de Coca-cola com tampa de rosca girando-a, enquanto abrimos uma lata puxando o anel. Caso tentemos abrir a garrafa com a tampa de rosca puxando- a, esse comportamento nao sera refor<_;ado com a garrafa aberta. Em contrapartida, girar o anel tambem nao produz a lata aberta. Em outras palavras, cada estfmulo evoca uma resposta especifica. Os estimulos antecedentes, portanto, controlam qual resposta produzira uma conseqi.iencia refor<_;adora. Urn exemplo muito marcante disso ocorre quando urn rapaz troca o nome da namorada pelo de uma ex-namorada. A namorada atual e urn estimulo que sinaliza que a resposta de dizer seu nome sera refor<_;ada; por outro lado, se o rapaz emitir o nome da ex-namorada na presen<_;a da atual, alem de nao ser refor<_;ado, sera severamente punido. Contingencia triplice ou contingencia de tres termos Com a inclusao dos estfmulos antecedentes no paradigma operante, completamos a unidade de analise do comportamento operante. Todos os comportamentos operantes, dos mais simples (por exemplo, abrir uma lata de Coca-Cola), aos mais complexos (por exemplo, escrever urn poema), serao analisados de acordo com a contingenda trfplice, ou seja, uma ocasiao, uma resposta e uma conseqi.iencia. Analisar funcionalmente urn comportamento significa, portanto, encaixalo em uma contingenda de tres termos: em outras palavras, verificar em que drcunstancias o comportamento ocorre e quais suas conseqi.iencias mantenedoras. A seguir, temos uma representa<_;ao esquematica da contingencia de tres termo s:  Moreira & Medeiros 0-R-+C on de 0 ( ocasiao ou antecedente) representa a ocasiao; R a resposta; C a conseqilencia do comportamento. A ocasiao pode se configurar em urn estimulo dis criminativo ou estimulo delta, como serao apresentados a seguir. A reposta diz respeito a opografia da resposta (isto e, sua forma), e a conseqilencia pode ser refon;adora, punitiva ou apenas nao ter conseqilencia (isto e, extin<;ao). Estimulos discriminativos (S 0 's) Os estfmulos que sinalizam que uma dada resposta sera refor<;ada sao chamados de estfmulos discriminativos ou S 0 's. 0 rel6gio marcando llh 40min de sabado e urn estfmulo discriminativo que sinaliza que a resposta de ligar a tv na Rede Globo sera refor<;ada com Os Simpsons Caso emitamos esse mesmo comportamen to em outras circunstancias, ele nao sera refor<;ado com Os Simpsons . Sendo assirn, fica claro que o S 0 tern uma rela<;ao com a conseqiiencia. 0 McDonald's com as luzes acesas tambem e urn S 0 para resposta de entrarmos para comermos urn lanche. Caso as luzes nao estejam acesas, o nosso comportamento de entrar no McDonald's nao sera refor<;ado. Podemos fazer urn experirnento em que a luz aces a da caixa de Skinner sinaliza que as repostas de pressao a barra serao refor<;adas com agua, enquanto a luz apagada sinaliza que as respostas nao serao refor<;adas (Figura 6.2). A luz acesa, portanto, e urn estfmulo discriminativo, que sinaliza a disponibilidade da agua como refor<;o a resposta de pressao a barra. Estimulos delta (Sa) Ja OS estfmulos que sinalizam que uma resposta nao sera refor<;ada, isto e, sinali zam a indisponibilidade do refor<;o ou sua extin<;ao sao chamados de sa. Nos exemplos anteriores, o rel6gio marcando outro horario se constitui em sa para a Figura 6.2 0 S 0 esta correlacionado com a do イ 0 S 0, l uz acesa (neste exemplo), sinaliza a ocorrencia do イ c aso um determinado comportamento, pressionar a barra (neste exemplo), ocorra .  Controle de estimulo s: o papel do contexto M セ s resposta de ligar a TV para ver Os Simpsons; de forma similar, o McDonald's com a luz apagada tambem sinaliza que o refon;ador nao estara disponivel. Dizemos que o organismo esta discriminando quando responde na presen<;a dos estimulos discriminativos e nao emite a resposta na presen<;a dos estimulos delta. Note que S 0 para uma resposta pode ser sa para outra, ou ao contrario. No exemplo do namoro, a namorada atual e S 0 para o rapaz falar seu nome, mas e sa para falar o nome da "ex". No experimento descrito anteriormente, a luz apagada e urn estimulo delta para a resposta de pressao a barra. Treino discriminativo e controle de estimulos Dizemos que o controle discriminativo de estimulos foi estabelecido quando urn determinado comportamento tern alta probabilidade de ocorrer na presen<;a do S 0 e baixa probabilidade de ocorrencia na presen<;a do sa. Uma discrimina<;ao que aprendemos desde cedo refere-se ao comportamento de pedir algo ao pai ou a mae (Figura 6.3 ). Bern cedo aprendemos a discriminar as express6es faciais de nossos pais. Aprendemos que "cara feia" e urn sa para pedir algo, e que uma "cara boa" e urn S 0 para o mesmo comportamento. Aprendemos a discrirnina<;ao porque passamos por urn treino discriminativo, o qual consiste em refor<;ar urn comportamento na presen<;a de urn S 0 e extinguir o mesmo comportamento na presen<;a do sa, este treino chama-se refor<;amento diferencial. Quando o pai esta de "cara boa", pedimos-lhe algo, e ele geralmente atende ao pedido (refor<;o ); quando esta de "cara feia", os pedidos geralmente sao negados ( extin<;ao). Depois de alguns pedidos refor<;ados na presen<;a da "car a boa" e outros negados na presen<;a da "cara feia", passamos a fazer os pedidos quase sempre na presen<;a da "cara boa". Comportamento Extin<;ao oft> u g "Pai, me empresta o carro?" "Naaaaoooo " A partir daf, dizemos que estabeleceu-se urn controle de estimulos, pois o estimulo "cara boa" passa a controlar nos so comportamento no sentido de torna-lo mais provavel em sua presen<;a. 0 tempo todo estamos passando por treinos discriminativos. Todas as palavras que voce sa be ler e usar corretamente, os nomes das pessoas, dos objetos, das cores, pratica mente toda a nossa aquisi<;ao de linguagem depende de treinos discriminativos. Comportar-se de uma determinada maneira na sala de セ "Pai, me empresta "Tome aqui o carro?" as chaves " ,., so Comportamento Refor<;o F ig ura 6.3 Treino discriminativo . Estimulos que geralmente antecedem um com portame n to qu e e ・ ッ 。 tornam-se um 5° para esse comportamento. Tal processo e ch amado de trei no discriminativo. aula e de outra em bares, de uma maneira em casa com os pais e de outra com os amigos, saber usar corretamente aparelhos eletroni-