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Tratamento De Fogachos Em Mulheres Na Menopausa Com Tratamento Homeopático - Resultado De Um Estudo Observacional

Tratamento de fogachos em mulheres na menopausa com tratamento homeopático - Resultado de um estudo observacional MF Bordet 1, A Colas 1,*, P Marijnen 2, JL Masson 3 and M Trichard 4 1 Boiron, Sainte-Foy-lés-Lyon,

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Tratamento de fogachos em mulheres na menopausa com tratamento homeopático - Resultado de um estudo observacional MF Bordet 1, A Colas 1,*, P Marijnen 2, JL Masson 3 and M Trichard 4 1 Boiron, Sainte-Foy-lés-Lyon, France 2 Reims, France 3 Ecully, France 4 Lyon, France Received 13 December 2006; revised 19 November 2007; accepted 19 November 2007 Objetivo: Há grande controvérsia relacionada ao tratamento dos sintomas em menopausa. Nós avaliamos tratamentos homeopáticos para fogachos e seu efeito na qualidade de vida em mulheres na menopausa. Métodos: Estudo aberto, observacional prospectivo, pragmático e não comparativo, multinacional, de tratamentos homeopáticos prescritos e sua eficácia, observando seu impacto na qualidade de vida. Resultados: Noventa e nove médicos em 8 países fizeram parte neste estudo incluindo 438 pacientes com uma idade média de 55 anos. Medicamentos homeopáticos foram prescritos a todos pacientes; 98% das linhas de prescrição foram medicamentos homeopáticos. Lachesis mutus, Belladonna, Sepia officinalis, Sulphur e Sanguinaria canadensis foram os mais prescritos. Um tratamento não-homeopático e/ou suplemento alimentar foi prescrito para 5% dos pacientes. Este estudo observacional revelou uma redução significativa (p 0.001) na freqüência dos fogachos durante o dia e à noite, e uma redução significativa no desconforto diário causado por eles (queda média de 3.6 e 3.8 pontos respectivamente, em uma escala visual analógica de 10 cm; p 0.001). Noventa por cento das mulheres informaram desaparecimento ou diminuição de seus sintomas, sendo que estas mudanças ocorreram principalmente dentro dos 15 dias do início do tratamento homeopático. Conclusões: Os resultados deste estudo observacional sugerem que o tratamento homeopático para fogachos em mulheres na menopausa é eficaz. Devem ser administrados estudos adicionais incluindo trabalhos controlados e randomizados. Homeopathy (2008) 97, Palavras chave: homeopathy; hot flushes; homeopathic treatment; observational study; menopause Introdução A menopausa é definida por até pelo menos 12 meses de amenorréia em mulheres com idade de pelo menos 50 anos (com ou sem um aumento no nível sérico de FSH), teste negativo para progesterona em mulheres com idade de pelo menos 45 1 anos ou ooforectomia bilateral em mulheres em idade fértil. Fogachos (ou flashes) são sensações súbitas de calor intenso, afetando principalmente a parte superior do corpo e durando em média 1-5 min. Eles podem ser acompanhados por vermelhidão facial, transpiração, que às vezes é muita, palpitações, ansiedade, irritabilidade e suor noturno. O mecanismo fisiológico que governa os fogachos não é conhecido precisamente. 1 *Correspondence: BOIRON, 20, rue de la Libération, Sainte-Foy-lés-Lyon, France. Durante o período que inicia a menopausa, 8 mulheres em 10 relatam fogachos de intensidade variada, podendo afetar seu sono e qualidade de vida. 1,2 Estes fogachos são a principal razão para instigar tratamento de reposição hormonal (HRT). De acordo com a pesquisa empreendida em abril de 2004 pela Société Française d études par Sondage (Sofres-French Society for Studies via Surveys), em nome da Agence Nationale d accréditation et d évaluation en Santé (Anaes- National Agency for Health Accreditation and Evaluation), 25.5% das mulheres em menopausa com idades entre anos em dezembro de 2003 estavam tomando tratamento de reposição hormonal. As conseqüências iatrogênicas destes tratamentos são um importante tema de saúde pública. 3 1 Testing for progesterone is said to be negative in the absence of withdrawal bleeding after the administration of a progestational treatment for 10 days per month for at least 3 consecutive months. Embora possam ter um efeito nos fogachos, os derivados de soja, especificamente fitoestrógenos, são produtos para os quais os riscos não foram avaliados e não foram monitorados, e que não satisfazem as exigências de saúde e segurança para substâncias medicinais. A Agence Française de Sécurité Sanitaire des Produits de Santé (Afssaps-French Health Products Safety Agency) não recomenda derivados da soja apenas para tratar fogachos. 3 Fogachos e suas conseqüências podem ser tratados com tratamento homeopático em mulheres em menopausa. Lachesis mutus, Sulphur, Sepia officinalis, Belladonna, Glonoinum, Sanguinaria canadensis e Amylium nitrosum são os medicamentos comumente indicados para o tratamento de fogachos em mulheres na menopausa. 4 Foram publicados vários estudos avaliando a homeopatia (individualizada ou não) nos sintomas em menopausa, particularmente em mulheres que sofriam de câncer de mama. 1,5-7 O estudo de Jacobs et al s foi um estudo randomizado, duplo-cego contra placebo, executado por mais de 1 ano com 83 mulheres que sofriam de câncer de mama; os pacientes receberam um tratamento homeopático individualizado ou um complexo homeopático ou um placebo. Este estudo não mostrou nenhuma diferença significativa entre os três grupos de pacientes relacionado à severidade e freqüência dos fogachos, embora tenha havido uma tendência positiva no grupo tratamento homeopático individualizado durante os primeiros 3 meses do estudo. Mas houve uma melhora significativa na qualidade de vida nos 2 grupos de pacientes que tomaram tratamento homeopático comparado ao grupo que recebeu placebo. 5 Thompson et al administraram um estudo observacional prospectivo com 45 mulheres que sofriam de câncer de mama. Neste estudo foi avaliada a abordagem homeopática (tratamento individualizado). Os autores concluíram que houve uma redução significativa nos sintomas ligados à deficiência de estrógenos entre o início e o final do estudo. 6 Um segundo estudo realizado por Thompson et al foi um estudo randomizado, duplo-cego versus placebo executado por mais de 4 meses com 57 mulheres que sofriam de câncer de mama; o tratamento homeopático individualizado foi comparado com um placebo: este estudo não mostrou nenhuma diferença significativa entre os 2 grupos de pacientes para os critérios avaliados. 7 Também foram publicadas revisões da literatura e estudos observacionais em tratamentos alternativos e complementares para sintomas em menopausa 8-10 e fogachos. 2,11,12 Estes estudos mostram que alguns tratamentos complementares podem ser benéficos para os pacientes e recomenda que sejam executados estudos clínicos randomizados adicionais para confirmar estes resultados. Então, a estratégia homeopática é uma parte válida do arsenal terapêutico, particularmente no contexto atual, onde a terapia de reposição hormonal está sendo questionada e sendo requerida vigilância apenas no uso de suplementos alimentares baseado em isoflavonas da soja Neste contexto, nós decidimos executar um estudo observacional com médicos que prescrevem medicamentos homeopáticos. O objetivo de estudo foi avaliar o tratamento homeopático para fogachos em mulheres na menopausa em termos do tratamento médico prescrito, eficácia e impacto na qualidade de vida. Método Delineamento do estudo Foi organizado em 2005, com médicos de 8 países diferentes, um estudo observacional pragmático, prospectivo, não-comparativo, aberto, multinacional da prática de médicos que prescrevem drogas homeopáticas. Recrutamento dos médicos investigadores Este estudo observacional foi proposto a 157 médicos que prescrevem medicamentos homeopáticos. Se eles estivessem interessados foram recrutados médicos, GPs ou ginecologistas, em uma base voluntária. Este estudo foi observacional e cada médico permaneceu considerado totalmente livre às prescrições e às escolhas de tratamento, assim, não foi necessário perguntar ao conselho de um comitê de ética. Seleção do paciente Critérios de inclusão: mulheres com idade maior que 45; menopausa estabelecida; sofrendo de fogachos; não usando tratamento homeopático ou tratamento hormonal para reduzir seus fogachos; tomando raloxifeno. não tomando raloxifeno. Foram incluídos no estudo pacientes usando tratamento hormonal tópico para desordens tróficas vulvovaginais ligadas à menopausa. Nós definimos menopausa estabelecida conforme segue: pelo menos 12 meses de amenorréia em mulheres com idade de pelo menos 50 anos; ou teste negativo para progesterona (i.e., a ausência de sangramento após a administração de uma droga progestacional durante 10 dias por mês durante pelo menos 3 meses sucessivos) em mulheres com idade de pelo menos 45 anos; ou quando uma ooforectomia bilateral havia sido executada em uma mulher menstruando previamente. Critérios de exclusão: pacientes que não preencheram os critérios de inclusão; pacientes que sofriam de câncer hormôniodependente. Critérios de avaliação Os pacientes foram avaliados duas vezes durante o estudo: na consulta de inclusão e na consulta final. Eficácia clínica Foram avaliadas a evolução dos sintomas clínicos e a freqüência diurna e noturna de fogachos conforme segue: (1) A evolução da condição clínica dos pacientes foi medida na consulta final por uma pergunta com quatro respostas: desaparecimento (nenhum sintoma), melhora (diminuição dos sintomas), nenhuma mudança (mesmos sintomas) ou agravação (deterioração dos sintomas). (2) Freqüência diurna de fogachos, comparada na consulta de inclusão e na consulta final. Em cada consulta nós medimos a porcentagem de pacientes que informaram 0 a 5, 6 a 10 ou mais de 10 fogachos por dia. (3) Freqüência noturna de fogachos, comparada na consulta de inclusão e na consulta final. Em cada consulta nós medimos a porcentagem de pacientes 3 que informaram 0 a 5, 6 a 10 ou mais de 10 fogachos à noite. (4) A porcentagem de pacientes que sofriam de fogachos diários foi comparada na consulta de inclusão e na consulta final do estudo. (5) Estas medidas foram registradas pelos médicos que interrogaram os pacientes para lembrança retrospectiva. Qualidade de vida A evolução do impacto dos fogachos na qualidade de vida foi medida por duas diferentes escalas visuais analógicas classificadas de 0 a 10. Uma escala mediu o desconforto causado durante o dia com a pergunta: Quando você tem fogachos durante o dia, como você descreveria o desconforto em sua vida? Uma contagem de 10 indica o dia mais transtornado da vida. A outra escala mediu o efeito no sono usando a pergunta: Quando você tem fogachos à noite, como você descreveria as conseqüências em seu sono? Uma contagem de 10 indica o sono mais transtornado. Estas escalas foram registradas pelos pacientes na consulta de inclusão e na consulta final do estudo. Estas escalas foram desenvolvidas especificamente para o estudo, mas não foram validadas. Duração do estudo O período de inclusão no estudo foi de 17 de janeiro a 30 de junho de Foi fornecido acompanhamento entre 2 e 6 meses após a consulta de inclusão, dependendo da prática do médico. Análise estatística A análise dos resultados foi por protocolo, porque interessa a todos os pacientes que aderiram estritamente ao protocolo, particularmente em relação aos respectivos critérios de inclusão. A análise estatística foi executada usando testes apropriados para as variáveis, i.e.: para variáveis qualitativas: teste Quiquadrado (χ 2 ); para variáveis quantitativas: teste Student. Risco alfa foi fixado em 5%. Nenhuma análise de subgrupo foi executada. Resultados Os médicos Noventa e nove médicos em 8 países tomaram parte neste estudo observacional: 53 franceses, 23 tunisianos, 9 brasileiros, 5 poloneses, 3 búlgaros, 3 portugueses, 2 marroquinos e 1 italiano. Os pacientes Um total de 489 pacientes foi incluído neste estudo. Nós analisamos os dados para 438 casos de arquivo. Os 51 casos de arquivo excluídos são explicados por: 33 perdidos no acompanhamento; 18 casos não preencheram os critérios de inclusão; A distribuição geográfica dos pacientes foi conforme segue: 241 França (55%), 102 Tunísia (23%), 32 Brasil (7%), 32 Polônia (7%), 14 Bulgária (3%), 7 Marrocos (2%), 5 Portugal (1%) e 5 Itália (1%). A idade média dos pacientes era 55 anos (45-76). Os pacientes foram acompanhados na consulta de inclusão e na consulta final, dependendo da prática do médico. A duração média de acompanhamento foi de 98 dias. 11% dos pacientes foram acompanhados em 60 dias, 66% dos pacientes foram acompanhados de 60 a 120 dias, 17% dos pacientes foram acompanhados de 120 a 180 dias e 6% dos pacientes foram acompanhados por mais de 180 dias. 4 Tratamentos médicos Considerando que este foi um estudo observacional, cada médico permaneceu considerado totalmente livre às suas prescrições e escolhas de tratamento. Os médicos participantes prescreveram um total de linhas de prescrição para 438 pacientes, i.e. 3.4 medicamentos por paciente, em média. Uma linha de prescrição corresponde a um medicamento prescrito a um paciente na consulta de inclusão. Os medicamentos foram administrados simultaneamente ou consecutivamente, dependendo da prática do médico. O tratamento homeopático foi prescrito para todos pacientes. Tratamentos homeopáticos cobriram 98% dos medicamentos prescritos (1475 linhas de prescrição). Cinco por cento dos pacientes (22 pacientes) também receberam medicamento nãohomeopático (notavelmente minerais) e/ou suplementos alimentares (notavelmente baseados em soja). Estes tratamentos cobriram 2% do total das prescrições (31 linhas de prescrição). Tabela 1 Os 12 medicamentos homeopáticos mais prescritos Nomes dos medicamentos Número de linhas Medicamentos totais Medicamentos homeopáticos totais homeopáticos % Total (%) % Total (%) Lachesis mutus Belladonna Sepia officinalis Sulphur % Sanguinaria canadensis Glonoinum FSH Folliculinum Ignatia amara LH-RH Thuja occidentalis Amylium nitrosum Outros Medicamentos homeopáticos totais Medicamentos totais Tabela 2 Os 16 medicamentos homeopáticos mais prescritos para os 83 pacientes que notaram um desaparecimento de seus sintomas Nomes dos medicamentos homeopáticos prescritos para os Número de linhas % Total (%) pacientes que notaram um desaparecimento de seus sintomas Lachesis mutus Belladonna Sepia officinalis Folliculinum Sanguinaria canadensis Sulphur FSH Glonoinum Thuja occidentalis Ignatia amara LH-RH Natrum muriaticum Luteinum Progesteronum Amylium nitrosum Lycopodium clavatum Outros Total de medicamentos homeopáticos Tabela 3 Os 16 medicamentos homeopáticos mais prescritos para os 301 pacientes que notaram uma melhora em seus sintomas Medicamentos homeopáticos prescritos para Número de linhas % Total (%) pacientes com sintomas melhorados Lachesis mutus Belladonna Sulphur Sepia officinalis Sanguinaria canadensis Glonoinum FSH Folliculinum Ignatia amara LH-RH Thuja occidentalis Amylium nitrosum Nux vomica Pulsatilla Natrum muriaticum Actaea racemosa Outros Totais de medicamentos homeopáticos A Tabela 1 mostra os 12 medicamentos homeopáticos mais prescritos durante este estudo; os principais são: Lachesis mutus, Belladonna, Sepia officinalis, Sulphur, Sanguinaria canadensis e Glonoinum. Lachesis mutus, Sepia officinalis e Sulphur foram prescritos freqüentemente em uma diluição de 9 ch, considerando que Belladonna, Sanguinaria canadensis e Glonoinum foram prescritos mais freqüentemente em uma diluição de 15 ch. Sessenta e cinco por cento dos 438 pacientes receberam Lachesis mutus e 43% receberam Belladonna. Sepia officinalis, Sulphur, Sanguinaria canadensis e Glonoinum foram prescritos para 26%, 25%, 21% e 15% dos pacientes, respectivamente. A Tabela 2 mostra os 16 medicamentos homeopáticos mais prescritos para os 83 pacientes que notaram um desaparecimento de seus sintomas. Lachesis mutus, Belladonna, Sepia officinalis, Folliculinum, Sanguinaria canadensis, Sulphur e FSH foram os principais tratamentos homeopáticos prescritos a estes pacientes. A Tabela 3 mostra os 16 medicamentos homeopáticos mais prescritos para os 301 pacientes que notaram uma melhora em seus sintomas. Lachesis mutus, Belladonna, Sulphur, Sepia officinalis, Sanguinaria canadensis, Glonoinum e FSH foram os principais tratamentos homeopáticos prescritos para estes pacientes. Eficácia clínica Na consulta de inclusão, 89% dos pacientes sofriam de fogachos diários. Esta porcentagem reduziu para 39% na consulta final (p 0.001). Assim mais de 50% dos pacientes que sofriam de fogachos diários no início do estudo já não sofriam destes diariamente na consulta final. Na consulta de inclusão, 46%, 38% e 16% dos pacientes experimentaram 0 a 5, 6 a 10 e mais de 10 fogachos por dia respectivamente, comparado a 90%, 8% e 2% dos pacientes, respectivamente na consulta final (veja Figura 1). O número de fogachos diurnos caiu significativamente entre as consultas de inclusão e de acompanhamento (p 0.001). Na consulta de inclusão, 69%, 23% e 8% dos pacientes, experimentaram 0-5, 6-10 e mais de 10 fogachos por noite, respectivamente, comparado a 93%, 5% e 1% dos pacientes respectivamente na consulta final (veja Figura 2). O número de fogachos noturnos diminuiu significativamente entre as consultas de inclusão e de acompanhamento (p 0.001). Noventa por cento das mulheres (384 pacientes) notou desaparecimento ou diminuição dos seus sintomas (Tabela 4). Evolução favorável foi determinada pelo desaparecimento ou melhora dos sintomas dos pacientes (auto-avaliação). Esta 6 evolução favorável aconteceu mais freqüentemente dentro de 15 dias do início do tratamento (Tabela 5). Porcentagem 100% 80% 60% 40% 20% 0% 2% 16% 8% 38% Figura 1 Freqüência diurna de fogachos Porcentagem 100% 80% 60% 40% 20% 0% 46% Antes (428 pacientes) 8% 23% 69% Antes (427 pacientes) 10 fogachos/dia 6 a 10 fogachos/dia 0 a 5 fogachos/dia 10 fogachos/dia 6 a 10 fogachos/noite 0 a 5 fogachos/noite Figura 2 Freqüência noturna de fogachos 90% Depois (404 pacientes) 1% 93% Depois (389 pacientes) Tabela 4 Evolução da condição clínica dos pacientes Evolução da condição clínica Pacientes % Desaparecimento Melhora Nenhuma mudança Deterioração Total Valores perdidos 10 Tabela 5 Tempo gasto para a evolução favorável da condição clínica Tempo levado para a evolução Pacientes % favorável da condição clínica Dentro de 15 dias dias a 1 mês Mais de 1 mês Total Valores perdidos 10 Qualidade de vida Relacionado ao desconforto causado durante o dia, a contagem média foi 6.1 (SD = 2.3) na consulta de inclusão e 2.5 (SD = 2.0) na consulta final (p 0.001). Com referência aos distúrbios do sono, a contagem média foi 6.2 (SD = 2.6) na consulta de inclusão e 2.4 (SD = 2.3) na consulta final (p 0.001). Então a qualidade de vida melhorou significativamente durante o período do estudo, com uma queda de 3.6 e 3.8 pontos, respectivamente, nos 2 itens medidos em uma escala visual analógica. Discussão e conclusão Nós executamos um estudo observacional com médicos que prescreveram tratamentos homeopáticos; este não foi um estudo comparativo de dois grupos de pacientes que receberam diferentes tratamentos que é sua principal limitação. Durante o estudo, foi permitido aos pacientes usar outro medicamento e produtos além desses prescritos pelos médicos participantes. Dos 83 pacientes que notaram um desaparecimento de seus sintomas, 32 (39%) haviam tomado outros produtos, principalmente fitoterápicos baseados em soja/inhame (10 pacientes). Dos 301 pacientes que notaram uma diminuição de seus sintomas, 137 (46%) haviam tomado outros produtos, principalmente fitoterápicos baseados em soja/inhame (48 pacientes). Dos 44 pacientes que não notaram mudança ou agravação dos sintomas, 18 (41%) haviam tomado outros produtos novamente, principalmente fitoterápicos baseados em soja/inhame (11 pacientes). Estes últimos dados nos levam a supor que o consumo de produtos diferentes do medicamento homeopático não afetou os 7 resultados, porque a proporção de pacientes que tomaram outros produtos foi comparável em cada grupo de resultados. Seria interessante executar um estudo randomizado, duplo-cego, comparativo usando um método apropriado para avaliar a eficácia do medicamento homeopático (com uma ferramenta validada como, por exemplo, a Greene Climateric Scale) no tratamento de fogachos em mulheres em menopausa. Concluindo, os resultados deste estudo observ