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Universidade Candido Mendes Pró-reitoria De Planejamento E Desenvolvimento Diretoria De Projetos Especiais Instituto A Vez Do Mestre

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Frequência da Anemia em Crianças Atendidas em Enfermaria Pediátrica

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Frequência da Anemia em Crianças Atendidas em Enfermaria Pediátrica no Hospital Otávio de Freitas Pertencente à Rede Pública na Cidade de Recife-PE, no Período de Junho e Julho de ANNA LÚCIA MONTARROYOS SIMÕES Orientadora: Prof. Mª da Conceição Maggioni Poppe. Recife/PE Setembro 2009 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Frequência da Anemia em Crianças Atendidas em Enfermaria Pediátrica no Hospital Otávio de Freitas Pertencente à Rede Pública na Cidade de Recife-PE, no Período de Junho e Julho de ANNA LÚCIA MONTARROYOS SIMÕES Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Saúde da Família Recife/PE Setembro 2009 AGRADECIMENTOS A Deus, que é a força que rege todas as coisas. Aos meus pais Inaldo e Eunice Montarroyos, pela dedicação e perseverança em mostrar que o conhecimento é algo que levamos para sempre e que através dele alcançamos coisas inimagináveis. Ao meu amado marido Edson, que sempre ao meu lado, me abriu as portas para o crescimento pessoal e profissional. Aos meus queridos filhos Diego e Danielle, meus doutores favoritos, que alcem voos mais altos, através de suas profissões, com amor, dedicação, principalmente àqueles que mais precisam. Aos meus irmãos que amo, Anna Christina, Anna Maria, Ulisses, minhas amigas, Vera, Benedita e Carmem, minha sogra querida Ivette, pelo incentivo. A Lila, uma querida amiga. A todos que de alguma forma contribuíram com este trabalho, os meus sinceros agradecimentos. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho para meu marido Edson, por sua paciência, amor, amizade, demonstrado no transcurso da nossa longa caminhada. RESUMO Este trabalho tem como objetivo verificar a frequência de anemia em crianças atendidas em enfermaria pediátrica no Hospital Otávio de Freitas pertencente à rede pública na cidade de Recife-PE, no período de junho e julho de Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e coleta de dados realizados em prontuário médico. A partir desses dados foi realizada uma análise estatística multivariada para avaliar os efeitos interativos dos fatores determinantes e identificar a magnitude de cada fator sobre o problema estudado. Conclui-se que é imprescindível o empenho dos vários segmentos da sociedade, no intuito de minimizar o avanço deste distúrbio através da necessidade de implementar programas de saúde para o enfrentamento efetivo na redução da anemia, principalmente, através da suplementação medicamentosa e enriquecimento de alimentos, priorizando os grupos de risco crianças menores de 02 anos e gestantes. Palavras-chave: Anemia Ferropriva. Hemoglobina. Suplementação Medicamentosa. Programa de Saúde da Família PSF. METODOLOGIA O presente estudo, Freqüência de Anemia em Crianças Atendidas em Enfermaria Pediátrica no Hospital Otávio de Freitas Pertencente à Rede Pública na Cidade do Recife-PE no Período de Junho e Julho de 2008, baseia-se numa pesquisa de levantamento bibliográfico sobre o tema, enfatizando os trabalhos de Salzano (1974) e (1985); Lira et al (1984); Romani et al (1991); Lima (1995); Leal (2002); Rivera et al (2006); Almeida, J. (2006) além das leituras realizadas em jornais, revistas científicas e sites da internet. Para proporcionar ao estudo uma análise mais aprofundada da realidade, realizou-se um levantamento estatístico sobre a frequência de anemia em crianças atendidas no Hospital Otávio de Freitas no período de junho e julho de 2008, através de coleta de dados naquele hospital da rede pública na cidade do Recife, ainda que a anemia esteja relacionada com aspectos biológicos, o estudo pretende mostrar a prevalência da anemia em crianças de 6 meses até 5 anos de idade, associando as causas desta doença à nutrição carente em ferro. A partir dos dados obtidos foi realizada uma pesquisa estatística, ilustrada com tabela sobre a frequência com que se dá a incidência de anemia ferropriva no período citado. Essas 58 crianças com idade entre 6 meses até 5 anos internas na Enfermaria Pediátrica do Hospital Otávio de Freitas da rede pública da Cidade do Recife-PE forneceram os dados coletados. Elas deram entrada no referido Hospital relatando um quadro de infecção respiratória em sua grande maioria. Partindo da dificuldade do laboratório do Hospital Otávio de Freitas em realizar exames de ferro sérico, onde a comprovação da anemia ferropriva é específica, optou-se por contabilizar na pesquisa os níveis de Hg, cujo exame é solicitado rotineiramente no hospital, apesar de não ser tão específico. A anemia definida como um processo patológico no qual a concentração de hemoglobina (Hg) contida nos glóbulos vermelhos encontra-se anormalmente baixa, respeitando as variações segundo a idade, o sexo, a altitude em relação ao nível do mar, problemas sanguíneos hereditários, situações como infecções crônicas, carência de um ou mais nutrientes essenciais e necessários para formação da hemoglobina, como ácido fólico, vitaminas C, B6, B12 e proteínas. Portanto, não resta dúvida, que a deficiência de ferro é a responsável pela maior parte das anemias encontradas. O presente estudo refere à anemia constatada nessas crianças entre 6 meses até 5 anos internas no Hospital Otávio de Freitas Pertencente à Rede Pública na Cidade do Recife-PE, que apresentaram inicialmente um quadro de infecção respiratória, com a necessidade de se propor um programa para alimentação balanceada e rica em ferro, direcionada às crianças internas neste hospital, desde a sua entrada na enfermaria, estejam elas apresentando ou não quadro de anemia. SUMÁRIO Introdução 09 Capítulo 1 Anemia Ferropriva Histórico países com incidência de anemia Abordagem clínica da anemia: tipos (diagnóstico, causas, sintomas, fatores de risco) 11 Capítulo 2 Programa alimentar para crianças anêmicas Alimentos que contém ferro Programa de Saúde da Família (PSF) atendimento às crianças no momento da internação (dieta rica em ferro) 21 Capítulo 3 Amostragem da Pesquisa sobre a frequência da anemia em crianças menores de 5 anos Universo pesquisado crianças de 6 meses a 5 anos internas na Enfermaria do Hospital Otávio de Freitas de junho a julho de Sugestões implementações de tratamento Orientação para o conselho gestor 28 Conclusão 30 Bibliografia 33 Anexos 9 INTRODUÇÃO A anemia é uma questão que vem preocupando cada vez mais o meio médico, que por sua vez, vem repassando esta preocupação às políticas públicas responsáveis por medidas que possam sanar este problema. Este estudo tem por finalidade avaliar a frequência de anemia em crianças atendidas em enfermaria pediátrica no Hospital Otávio de Freitas pertencente à rede pública na cidade do Recife-PE no período de junho e julho de Para a realização deste estudo foi importante verificar a relação da ocorrência dos baixos níveis de hemoglobina com as características biológicas e a relação da frequência de internações anteriores e suas patologias, relacionando com os baixos níveis de hemoglobina; Constatou-se que a frequência de anemia e doenças associadas em crianças de 06 meses a 05 anos internadas na enfermaria pediátrica do Hospital Otávio de Freitas pertencente à rede pública na cidade do Recife-PE, no período de junho a julho de 2008, ainda que esteja relacionada com aspectos biológicos, é determinante para que esse quadro de estado anêmico esteja associado aos prejuízos de ordem geral em crianças além de provocar infecção recorrente, de onde resulta a grande importância que se deve dar ao controle da anemia. A anemia é definida pela OMS, como uma condição na qual a quantidade de hemoglobina no sangue encontra-se anormalmente baixa, respeitando as variações de idade e sexo. Decorre da carência de um ou mais nutrientes essenciais como ferro, ácido fólico, vitaminas e proteínas (Rivera, et al ). Estima-se que a anemia ferropriva, por deficiência de ferro, seja a responsável por 90% dos casos de anemia no mundo, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento, sendo maior a incidência, em crianças de 0 a 6 anos (Almeida, J. 2006). No Brasil, recentes estudos mostraram prevalências em crianças de 6 meses a 5 anos variando de 36,4% a 63,0%. Almeida (2006), afirma que as consequências do estado anêmico nos primeiros anos de vida incluem prejuízos no desenvolvimento cognitivo e retardo 10 no desenvolvimento psicomotor, além do comprometimento da imunidade celular e diminuição da capacidade intelectual. Diante da gravidade e da magnitude da anemia, intitulada como um problema de Saúde Publica no país, é de fundamental importância levantamentos estatísticos dessa doença, para um melhor entendimento de fatores associados e doenças relacionadas. Para uma melhor leitura distribuiu-se os capítulos da seguinte forma: Capítulo I o histórico da anemia ferropriva, os países onde a mesma relata maior incidência e uma abordagem clínica da mesma. O Capítulo II faz referência e traz para a prática, as orientações e aprendizagem compartilhadas no curso. Isto diz respeito ao Programa de Saúde da Família PSF e ao Programa Alimentar para crianças anêmicas, a partir de uma dieta rica em ferro e de baixo custo para alcançar comunidades carentes. O Capítulo III traz uma exposição da pesquisa realizada em crianças de 6 meses a 5 anos internas na Enfermaria do Hospital Otávio de Freitas no período de junho a julho de 2008, bem como, sugestões para implementação de tratamento da anemia ferropriva, seguido das conclusão e das referências. 11 Capítulo 1 Anemia Ferropriva O nosso organismo é um complexo indecifrável que ao longo dos tempos começou a ser observado e avaliado em suas reações. Assim, é sabido e diversos estudos comprovaram que quando há uma diminuição da quantidade de hemoglobina e de glóbulos vermelhos no sangue, o indivíduo seguramente apresentará um quadro de anemia. Como consequência o transporte de oxigênio para os pulmões e para as células do organismo também ficarão comprometidos. Em alguns níveis mais elevados, a anemia provoca reações de cansaço, falta de disposição, fadiga, zonzeira, confusão mental, irritabilidade, fortes dores de cabeça, inapetência, prejudicando o indivíduo quando adulto em seu trabalho ou vida social e na infância, no desenvolvimento escolar. Essa ausência generalizada de ferro no organismo pode levar o indivíduo a necessitar de uma dieta equilibrada e rica neste tipo de mineral. Este capítulo apresenta a anemia ferropriva. Como ela ocorre, as formas de diagnóstico, os seus efeitos e as ações que estão sendo programadas no sentido de minimizar as suas consequências. 1.1 Histórico: países com incidência de anemia Em 1996, na cidade de Roma, no evento Cúpula para Alimentação, o relatório do Brasil, chegou à seguinte conclusão: O acesso à alimentação é um direito humano em si mesmo na medida em que alimentação constitui-se no próprio direito à vida... Negar este direito é antes de mais nada, negar a primeira condição para cidadania que é a própria vida (Relatório do Brasil, Roma, 1996). A anemia ou baixa concentração anormal de hemoglobina circulante constitui-se no distúrbio nutricional usualmente mais frequente na infância, valendo esta afirmação tanto para sociedades pobres quanto para sociedades 12 ricas. Estima-se que sejam anêmicas 12% das crianças menores de 5 anos de idade que vivem em países desenvolvidos como 51% daquelas que vivem em países em desenvolvimento. A anemia é definia como um processo patológico no qual a concentração de hemoglobina (Hg) contida nos glóbulos vermelhos encontra-se anormalmente baixa, respeitando as variações segundo a idade, o sexo, a altitude em relação ao nível do mar, problemas sanguíneos hereditários, situações como infecções crônicas, carência de um ou mais nutrientes essenciais, necessários para formação da hemoglobina, como ácido fólico, vitaminas C, B6, B12 e proteínas. Sendo que a deficiência de ferro é a responsável pela maior parte das anemias encontradas. Embora vários fatores possam contribuir para o surgimento da anemia como doenças genéticas, infecções e a deficiência de diversos nutrientes, admitese que a ocorrência endêmica da enfermidade na infância decorre da combinação entre necessidades excepcionalmente elevadas de ferro, impostas pelo crescimento e dietas pobres no mineral, sobretudo ferro de alta biodisponibilidade. Independente das causas que determinem o estado anêmico associa-se aos mesmos graves prejuízos para o desenvolvimento cognitivo e motor da criança e para o futuro aproveitamento escolar, além de infecções recorrentes, motivo pelo qual é importante o controle desta doença antes que possa alcançar estágios mais graves. As anemias nutricionais constituem o maior problema nutricional da atualidade, estima-se que bilhões de pessoas, quase 40% da população mundial apresentam carência em ferro ou níveis baixos de hemoglobina (Viteri et al 1993). A cartografia da anemia nutricional revista pela Organização Pan- Americana de Saúde em 1996, aponta para relevâncias elevadas principalmente em países em desenvolvimento. No continente africano a situação é particularmente grave, segundo os critérios adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 13 Em Angola os esforços desenvolvidos pelo Ministério da Saúde daquele país, permitiram que 80% da população infantil, se beneficiem de suplementação de Vitamina A. A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos estimados para Angola é de 250 óbitos para crianças nascidas vivas, ou seja, 1 em cada 4 crianças morrem antes de atingir 5 anos de idade. Esta taxa é a terceira mais alta do mundo e equivale a quase o dobro da taxa média para a África sub sahariana. 1.2 Abordagem clínica da anemia: tipos (diagnóstico, causas, sintomas, fatores de risco) Existem dois tipos de anemia, aguda, aquela com perda súbita de sangue e anemia crônica, quando não há baixa do volume do sangue, que é compensado pelo crescimento do volume plasmático. Os órgãos mais afetados são os que compõem o sistema nervoso central, coração e massa muscular. Quanto aos aspectos metabólicos do ferro, ele é um dos principais constituintes da hemoglobina traz o pigmento que dá cor aos glóbulos vermelhos e transporta o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo. O mecanismo de captação e transporte do ferro pelo organismo é bastante complexo e ainda não foi bem esclarecido. Sabe-se, entretanto, que após ter sido capturado pelo enterócito parte dele é liberada para o sangue ligado a uma glicoproteína transportadora a transferritina. Outra parte combina-se à apoferritina para formar a ferritina que é a forma mais frequente de armazenamento do ferro (SALZANO, 1974, p. 12). A captação desse ferro pode ocorrer por meio de duas vias, que funcionam simultaneamente. Uma possivelmente passiva, onde a captação se dá em função da concentração do ferro no lúmen intestinal e essa via parece predominar em pessoas com boas reservas ou reservas aumentadas e a outra depende da presença de receptores do metal, localizados na superfície da mucosa 14 do epitélio intestinal. Essa segunda via parece ocorrer em pessoas com baixas reservas ou reservas esgotadas (GARCIA-CASAL e LARYSSA, 1998). Assim, o fator de maior regulação corporal do ferro é a própria necessidade do organismo pelo mineral, ou seja, quanto menor a quantidade de ferro armazenado, maior a quantidade do metal absorvido pelas células e viceversa (MARTINEZ e COLS, 1999). Este ferro é levado à medula óssea, onde precursores eritróides captam o ferro para formar a hemoglobina. Os precursores eritróides se maturam resultando em hemácias jovens. Após 120 dias, em média, as hemácias se desintegram e a hemoglobina é captada pelas células do fígado, baço e medula óssea, que degrada a heme e libera o ferro para ser reaproveitado para compor a hemoglobina de novas hemácias. Diariamente, cerca de 35 a 40mg de ferro são renovados durante o transporte no soro, e são reutilizados 20 a 25mg proveniente da desintegração da hemoglobina. Em geral as perdas atingem cerca de 0,5 a 1,0 mg/ferro/dia através das fezes, urina e suor e 0,1 a 1,4 mg/ferro/dia pela menstruação e hemorragias (LINEA e COLS, 1988). A taxa de absorção do ferro é diretamente relacionada com a concentração deste metal na alimentação diária e a forma pela qual se compõem as refeições, daí a importância da elaboração correta do cardápio ao mesmo tempo balanceado, porém, com alta oferta de ferro para os indivíduos anêmicos. Existem dois tipos de ferro: O ferro HEME de origem animal, encontrado em abundância nas carnes vermelhas em geral, especialmente nas vísceras como fígado, rim e coração. Não sofrendo interferência de outros nutrientes ou substâncias, comportando-se de forma semelhante em pessoas normais e deficientes, nas quais a média de absorção varia entre 15 e 35% respectivamente (BIANCHI e COLS, 1992; LARYSSA e GARCIA-CASAL, 1997). Ferro não HEME é o ferro de origem vegetal, encontrado sob a forma de complexo férrico é fortemente influenciado por vários componentes da dieta. 15 A média de absorção deste tipo de ferro é de 1 a 5% (BIANCHI e COLS, 1992). Como grãos de leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, soja), vegetais folhosos e legumes de cor intensa, como espinafre, couve, rúcula e agrião. Inicialmente não se consegue diagnosticar a anemia, que se caracteriza pela carência de ferro no organismo, devido a sua propagação gradual e progressiva. Assim, devem-se considerar três estágios para diagnosticar a anemia até que se manifeste. O primeiro estágio denominado por depleção do ferro afeta os depósitos de ferro e representa um período de maior vulnerabilidade em relação ao balanço marginal de ferro, podendo progredir até uma deficiência mais grave, com consequências funcionais. O segundo estágio ou deficiência de ferro é referido como uma eritropoiese ferro-deficiente e caracteriza-se por alterações bioquímicas que refletem a insuficiência de ferro para produção normal de hemoglobina e outros compostos férricos, ainda que a concentração de hemoglobina não esteja produzida. O terceiro e último estágio, para um diagnóstico preciso da anemia ferropriva, caracteriza-se pela diminuição dos níveis de hemoglobina, com prejuízos funcionais do organismo, tanto mais graves quanto maior for essa redução. A dosagem da concentração de hemoglobina é o teste laboratorial mais útil na tiragem de anemia ferropriva. O limite para se diferenciar estados anêmicos dos normais é geralmente considerado como o valor médio da hemoglobina ou do hematócrito para cada idade e sexo. IDADE Lactentes (5meses a 02 anos) Pré-escolar (02 anos a 06 anos) HEMOGLOBINA 10,5 g/dl 11,5 g/dl Os índices hematimétricos também auxiliam na investigação das anemias. Na anemia por deficiência de ferro comum microcitese (diminuição do volume corpuscular médio VCM), bem como, hipocromia (redução de 16 hemoglobina corpuscular média HCM). Como a avaliação do tamanho das hemácias é uma chave para o diagnóstico da anemia, o VCM é o mais importante dos índices hematimétricos. O VCM abaixo de 80 fl (fentolítros) parece ser um indicador confiável na redução de síntese de hemoglobina. IDADE VCM HCM Lactentes (5meses a 02 anos) 70 fl 23 fl Pré-escolar (02 anos a 06 anos) 75 fl 24 fl O nível de ferritina sérica (Fs) que reflete os estoques (deficiência e excesso) de ferro dos tecidos é um teste muito confiável, pois só sofre depressão na deficiência do ferro, resultando com isso, um nível bem próximo da realidade observada. PÂRAMETROS DIAGNÓSTICOS Fes VALORES DE REFERÊNCIA = 13 mmol/l A Capacidade Total de Ligação do Ferro é um indicador menos sujeito às variações biológicas, que o ferro sérico. Possui uma relação inversa aos estoques de ferro, ou seja, à medida que são depletadas as reservas os valores relativos à CTLF, começam a aumentar. Percentual de saturação de transferritina, este é um indicador expresso e